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domingo, 21 de dezembro de 2008

Dieta mediterrânea

Apesar dos diversos estudos que apontam a dieta mediterrânea -rica em vegetais, cereais integrais e gorduras insaturadas e pobre em laticínios, carne vermelha e doces- como protetora do sistema cardiovascular, para a realidade do brasileiro ela não basta, argumenta Heno Lopes. "Para a síndrome metabólica, que virou até um modismo, o estresse contribui bastante, não basta comer bem. É o estilo de vida, é esse conjunto que é mais importante". A atividade física é parte essencial nesse tipo de dieta e está na base da pirâmide alimentar.Outro problema é misturar dietas, alega Cláudia Cozer. "Alguns alimentos da dieta mediterrânea são calóricos e podem engordar se consumidos em outras dietas." Quando se segue a dieta mediterrânea, é possível consumir até três porções de frutas oleaginosas (o equivalente a uma xícara e meia de chá por dia). Em uma dieta convencional, a indicação é de meia xícara diária.

AZEITE - Nozes e amêndoas ajudam a diminuir gordura abdominal (cont.)

Já o melhor resultado das frutas secas sobre o azeite pode ser explicado por inúmeros fatores. "As nozes poderiam ter efeito na síndrome metabólica por múltiplos mecanismos: são ricas em substâncias com propriedades antiinflamatórias (magnésio, fibra, arginina) e antioxidantes, que trariam efeitos benéficos", disse Salas.A presença de triptofano nesses alimentos também pode ajudar. As nozes são ricas nesse substrato usado para fabricar serotonina, que ajuda na sensação de saciedade. O consumo das frutas, então, ajudaria na menor ingestão de outros alimentos. "Uma vantagem das oleaginosas é a riqueza em gordura monoinsaturada. Essas frutas têm bastante fibra, que diminui absorção de colesterol", acrescenta o cardiologista Heno Lopes, coordenador do Ambulatório de Síndrome Metabólica do InCor (Instituto do Coração) de São Paulo.Para tirar proveito dos efeitos benéficos do azeite, a endocrinologista Cláudia Cozer aconselha o consumo de duas colheres de chá por refeição. "Se a dieta mediterrânea for seguida à risca, é possível usar à vontade nas principais refeições", acrescenta.

Nozes e amêndoas ajudam a diminuir gordura abdominal

Frutas oleaginosas, como nozes, avelãs e amêndoas, ajudam a controlar a síndrome metabólica -associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares relacionados à gordura abdominal e à resistência à insulina - com mais eficiência do que uma dieta de baixo teor de gordura e do que o azeite de oliva. Foi o que constatou um estudo espanhol publicado no "Archives of Internal Medicine", realizado com 1.224 participantes -61,4% tinham três ou mais fatores da síndrome.Durante um ano, os voluntários consumiram uma dieta mediterrânea suplementada com 30 g diárias de oleaginosas, a mesma dieta adicionada de um litro semanal de azeite ou uma dieta pobre em gorduras vegetais e animais, todas sem restrição calórica.Entre os que usaram as frutas, a redução na prevalência dos fatores da síndrome metabólica foi de 13,7% -contra 6,7% de redução entre os que consumiram azeite e de somente 2% entre os que mantiveram dieta pobre em gordura. "Esse artigo gera uma hipótese interessante, mostra que reduzir gorduras pode não ser a melhor estratégia nesse caso", diz o endocrinologista Walmir Coutinho, da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).Uma das hipóteses para o baixo desempenho da dieta pobre em gordura é a compensação em carboidratos, que, em excesso, aumentam o nível de triglicérides, um dos fatores da síndrome metabólica. "A diminuição da gordura abdominal no grupo que consumiu as nozes é plausível, pois estão associadas ao aumento da saciedade e menor adiposidade. O efeito antiinflamatório dessa dieta pode estar ligado à redistribuição de gordura. Quando se substituem carboidratos de alto teor glicêmico pelas gorduras insaturadas do azeite e das nozes, os níveis de triglicérides caem e os de HDL sobem", disse à Folha Jordi Salas, professor de nutrição da Universidade de Rovira e Virgili (Espanha) e líder da pesquisa.

Por JULLIANE SILVEIRA

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Doenças Modernas

À medida que a sociedade avança, os desafios impostos para a saúde pública também evoluem. É o que se pode confirmar com o último perfil da mortalidade do brasileiro, divulgado pelo Ministério da Saúde. Ele traz boas e más notícias.Segundo o estudo, "doenças da modernidade" são as que mais matam no país. Já ficou para a história o período em que as moléstias infecciosas e parasitárias -tais como as diarréias, tuberculose e malária- eram o retrato da mortandade nacional. A urbanização e o desenvolvimento provocaram uma expansão das mortes por enfermidades crônicas e por causas externas.Os males do aparelho circulatório -associados a má alimentação, consumo excessivo de álcool, tabagismo e falta de atividade física- lideram o ranking (32,2%). Câncer é a segunda causa (16,7%), seguida de homicídios e acidentes de trânsito (14,5%). Depois, vêm as doenças do aparelho respiratório (11,1 %).Na conta das boas notícias, está uma relacionada às mulheres. Houve uma diminuição na incidência de câncer de colo de útero. Isso se deve a campanhas educativas e a exames preventivos mais disseminados. Em contrapartida, o câncer de mama avançou. A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), segundo os autores, comprova prática insuficiente de exames como mamografia.Os homens, por outro lado, são mais afetados pelas causas externas -homicídio e violência no trânsito- do que as mulheres. Embora as estatísticas demonstrem que há uma tendência de queda nos homicídios, o volume dessas mortes ainda se mantém em patamar elevado.Apesar dos avanços institucionais e econômicos verificados nas últimas décadas, 41,2% dos óbitos registrados no ano de 2005 ocorreram prematuramente, isto é, antes de a pessoa completar 60 anos de idade.À luz desses dados, o poder público está diante do desafio de viabilizar, além do atendimento preventivo, ambulatorial e hospitalar, uma infra-estrutura urbana que permita uma vida mais saudável. Além disso, o rápido envelhecimento da população logo produzirá impactos sobre o sistema de saúde.

Mais flamboiam em flor


Essas fotos são da Suzana, não são lindas?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Flamboiam em flor no jardim do Residencial Sênior


Uma pena que estas fotos sairam tão escuras...

Mensagem da Equipe

Mais uma vez o Residencial Sênior dando um show de qualidade!
Além dos textos excelentes, do espaço da arte - aguardo ansiosa o dia de Van Gogh -, do passatempo - o Sudoku é sempre bem-vindo - , e das últimas nóticias sobre saúde no mundo, o blog está bonito, elegante, fino e inteligente!
Parabéns pela iniciativa.

Suzana Macedo
Gerontóloga

domingo, 14 de dezembro de 2008

Cuidados para evitar quedas no dia-a-dia do idoso

Em casa:
- durante a limpeza da casa, observar se o chão está molhado ou escorregadio, para evitar escorregões;
- deixe os caminhos livres, retirando móveis e entulhos;
- retire tapetes soltos, cordões e fios do assoalho;
- prenda tacos soltos e bordas soltas de carpetes;
- não encere pisos;
- coloque uma iluminação adequada para a noite, principalmente no caminho do banheiro;
- as escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa na borda dos degraus;
- substitua ou conserte móveis instáveis;
- evite cadeiras muito baixas e camas muito altas;
- evite o uso de chinelos;
- guarde itens pessoais e objetos mais usados ao nível do olhar ou um pouco mais embaixo.

No banheiro:
- instale barras de apoio na banheira, no chuveiro e no vaso sanitário;
- instale um vaso sanitário mais alto;
- cuidado com as superfícies lisas e molhadas do banheiro, para evitar escorregões;
- use capachos e tapetes antiderrapantes.

Fora de casa:
- conserte calçadas e degraus quebrados;
- limpe caminhos e remova entulhos;
- instale corrimão em escadas e rampas;
- instale iluminação adequada em calçadas, portas e escadas;
- quando chover, cuidado com folhas, superfícies ou entulhos molhados, para evitar escorregões.

FDA restrige o uso de dois medicamentos para o tratamento de asma

Em reunião realizada nessa quinta-feira, especialistas da Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, decidiram que os benefícios de dois medicamentos inaláveis - Serevent e Foradil - não superam seus riscos, e não devem ser mais usados no tratamento de asma. Porém, eles não deixarão de ser comercializados, pois são úteis no tratamento de doença pulmonar obstrutiva crônica. Por outro lado, as outras drogas analisadas - Advair e Symbicort - teriam perfis de segurança aceitáveis para crianças e adultos com asma. Segundo os especialistas, as drogas "contra-indicadas" são beta-agonistas de longa duração como as outras duas, mas não apresentam esteróides na fórmula, o que aumentaria os riscos de reações adversas. Os laboratórios que produzem as drogas "contra-indicadas" discordam totalmente da medida. E os especialistas recomendam que os pacientes que usam esses medicamentos consultem um médico.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#10. UVA
Tem muitas fibras e tem resveratrol, flavonóide da casca da uva, deixa sistema imunológico e mas artérias mais jovens, reduzindo câncer, derrame, perda da memória e doenças cardíacas. O resveratrol também vem sendo relacionado com a inibição da carcinogênese. Com propriedades laxativas e diuréticas, as uvas estimulam as funções do fígado, deixando você bem-disposta e com a pele mais bonita. Tem mais: além de serem boa fonte de vitamina C, ferro e potássio, elas contêm pectina (fibra) e bioflavonóides, que evitam o envelhecimento precoce. A uva vermelha ou preta, presente no suco, ajuda a aumentar o colesterol bom e evita o acúmulo de gordura nas artérias, prevenindo doenças do coração. Tanto a casca quanto a semente da uva, utilizadas na fabricação do vinho, possuem substâncias antioxidantes, conhecidas como polifenóis, poderosos aliados no combate aos radicais livres.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#9. SEMENTE DE LINHAÇA
Diversos estudos indicam que a linhaça é uma das principais fontes de ácidos graxos do tipo ômega 3. Trabalhos científicos já comprovaram que o óleo de linhaça tem 60% de ômega 3, enquanto o óleo de salmão tem metade, ou seja, 30%. Portanto é uma ótima opção para quem não gosta de peixe ou não pode ter acesso a ele e pretende obter a proteção daquele óleo que é fundamental à nossa saúde. O ômega 3 é protetor contra as doenças cardiovasculares, pressão alta, trombose, desenvolvimento e crescimento das crianças, doenças auto-imunes, diminui o colesterol, ajuda a controlar o açúcar no sangue e inclusive melhora o ressecamento da lágrima. Pode também ativar o metabolismo, auxiliando a combater a obesidade. Aumenta a imunidade devido ao alto poder antioxidante; previne câncer de mama e próstata. O alimento é extremamente rico em ácidos graxos ômega 3, baixa o colesterol ruim e a taxa de triglicérides devendo ser consumidos de preferência diariamente, no café da manhã. Estudos recentes atribuem à linhaça propriedades que ajudam a controlar os hormônios. Ela amenizaria os efeitos da TPM e os fogachos da menopausa. Para diminuir o colesterol ruim (LDL), sintomas de TPM e menopausa, consuma diariamente 1 colher (sopa) de semente de linhaça triturada sobre os alimentos. A semente de linhaça ajuda na prevenção do câncer de mama por neutralizar a ação do estrógeno sobre essa glândula. A semente de linhaça protege e evita a formação de tumores, pois contém 27 componentes anticancerígenos um deles é a LIGNINA (fitoesteróides), substância que imita o estrógeno. Contém 100 vezes mais Lignina que os melhores grãos integrais. Nenhum outro vegetal conhecido até hoje tem esta quantidade de lignina. Estes benefícios estão relacionados ao fato da lignina ser a precursora dos hormônios enterodiol e enterolactona e estes exercerem atividade sobre o nível de estrogênio.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#8. IOGURTE
O iogurte semi ou desnatado tem mais cálcio por porção do que qualquer outro laticínio. É também uma importante fonte de proteínas, zinco e vitaminas A e do complexo B. O valor desse alimento está nos 6 milhões de bactérias probióticas (benéficas à saúde) por mililitro. Além de equilibrar a microflora intestinal, elas auxiliam no trabalho de absorção dos nutrientes, prevenindo infecções causadas por fungos, melhora a imunidade, aumentam a absorção de cálcio pelo organismo, controla o colesterol e reduz o risco de câncer. A sua ingestão é uma fonte de ajuda no crescimento das crianças. Mais ainda: o iogurte atenua as olheiras...
Um copo de iogurte por dia já traz todos esses benefícios desde que não tenha corantes, conservantes, espessantes nem adição de açúcar - tudo isso pode atrapalhar a sobrevivência das bactérias no organismo. A quantidade de cálcio diária ideal para ser ingerida é de 1000 a 1200 mg ao dia após a menopausa. 1 copo de iogurte tem aproximadamente 300 mg de cálcio. Calorias 90.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#7. CASTANHA-DO-PARÁ
Auxilia na prevenção de problemas cardíacos. Também ganhou o selo de redutora de doenças cardiovasculares da FDA. Ao ingerir cinco ou seis nozes antes da refeição, você se sente saciado mais rápido e por mais tempo. As mulheres ficarão 3,4 anos mais jovens e os homens, 4,4 anos. Ela é fonte de vitamina E selênio, que colaboram para frear a produção de radicais livres, desacelerar o envelhecimento e reduzir o risco de doenças do coração. O mineral, ingerido em doses recomendadas (entre 55 e 70 gramas por dia), previne câncer, atua no equilíbrio do hormônio da glândula tireóide, fortalece a imunidade, reduz a toxidade de metais pesados e age no combate aos radicais livres. Apenas uma noz é suficiente para suprir as necessidades diárias de Selênio no organismo humano. A castanha-do-pará, por exemplo, já ficou famosa por seu alto teor de selênio, mineral que atua no equilíbrio da tiróide (evitando oscilações de peso), previne tumores, fortalece o sistema imunológico e protege contra a ação dos radicais livres.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

# 6. TOMATE
Devemos comer o ano inteiro. Diminui 40% de câncer de esôfago se você comer apenas um tomate por semana. Um tomate cru de tamanho médio contém somente 25 calorias. Tem licopeno, retarda envelhecimento das células da próstata. O cozimento do tomate facilita a absorção do licopeno pelo corpo, portanto o molho de tomate cozido é melhor do que o tomate cru. Coloque azeite de oliva no tomate, para absorver melhor o licopeno. Se for beber suco de tomate coma alguma nozes antes (gordura), pois facilita a absorção do licopeno. 10 colheres de molho de tomate ingeridas semanalmente podem reduzir em 50% o risco de ocorrência de 11 tipos de câncer. Além de ser uma boa fonte de vitamina C, o tomate é ideal para quem quer perder peso, pois contém poucas calorias. 0 tomate funciona como antitóxico e laxante e ajuda o organismo a combater infecções. Além disso, é um excelente depurador do sangue. Também é rico em sais minerais, tais como: potássio, sódio, fósforo, cálcio, magnésio e ferro. Nunca compre tomates com manchas escuras, partes podres ou emboloradas. Nem compre os verdes, que amadurecem fora do pé, pois eles têm menos vitaminas que os maduros. Escolha sempre os bem vermelhos, firmes e com a casca lisa. Auxilia na prevenção do câncer de próstata. Quantidade recomendada: uma colher e meia (sopa) de molho de tomate por dia.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#5. AZEITE DE OLIVA
Evitar todos os óleos vegetais parcialmente hidrogenados reduzirá sua idade verdadeira em 2,7 anos. Azeites com baixa acidez (de até 0,8%) são chamados de extravirgem e são os de maior qualidade. Para ter essa característica, não podem passar por processos térmicos ou químicos. Sua extração é feita a frio, a temperaturas inferiores a 27ºC, de maneira a conservar melhor aroma e sabor. Ajuda a prevenir a arteriosclerose e seus riscos; melhora o funcionamento do estômago e do pâncreas; digere-se com maior facilidade do que qualquer outra gordura comestível, não tem colesterol e proporciona a mesma caloria dos outros óleos; acelera as funções metabólicas. Azeite extra virgem tem muitos antioxidantes anticancerígenos: ômega 3 e esqualeno (que é um composto que previne câncer de cólon). Extravirgem significa que o nível de acidez é menor que 1%, vindo da primeira prensagem das azeitonas, que foram processadas a frio (processo que preserva os nutrientes e matém o sabor). Quanto mais escuro, mais o sabor é acentuado. Auxilia na redução do LDL. Sua ingestão no lugar de margarina ou manteiga pode reduzir em até 40% o risco de doenças do coração e aumenta o HDL. Quantidade recomendada: 15 mililitros por dia ou uma colher (de sopa rasa). Cada grama de azeite tem 9 calorias. 1 colher de sopa tem 125 calorias.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#4.SOJA
A soja é reconhecidamente o alimento que tem maior teor protéico. Ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares, segundo a FDA. Seu consumo regular pode diminuir os níveis de colesterol ruim em mais de 10%. Há indicações de que também ajuda a amenizar os incômodos da menopausa e a prevenir o câncer de mama e de cólon. Quantidade recomendada: 150 gramas de grão de soja por dia, o equivalente a uma xícara de chá (para reduzir o colesterol). As substancias presentes na soja atuam devido ao fato de que a leguminosa é rica em isoflavonas. É um fitoestrôgenio, pois imita o estrógeno (hormônio sexual feminino). Quando elas entram no organismo da mulher na menopausa, são capturadas pela mesma proteína que carrega o hormônio estrógeno. Essa proteína leva as isoflavonas até o receptor do estrógeno, onde elas irão atuar como o hormônio, fazendo o papel dele no corpo da mulher. Consumida três vezes por semana a partir dos 25 anos, ajuda as mulheres a manterem os níveis de hormônios regulares depois da menopausa.

10 alimentos que combatem o envelhecimento

#3.ALHO
Um estudo realizado na Alemanha, chegou à conclusão de que 1 grama de alho consumido por dia reduz em 80% o volume na placa de aterosclerose nas artérias. Pesquisas recentes mostram que alguns de seus componentes, como a alicina (substância responsável pelo sabor e odor), inibem uma bactéria que causa a úlcera e que tem sido apontada como precursora do câncer gástrico. Reduz a pressão arterial e protege o coração ao diminuir a taxa de colesterol ruim e aumentar os níveis do colesterol bom, o HDL. Pesquisas indicam que pode ajudar na prevenção de tumores malignos. Quantidade recomendada: um dente por dia (para diminuir o colesterol e a pressão arterial). Rico em componentes que ativam o sistema imunológico e combatem vírus, bactérias e fungos que causam infecções, o alho pode agir como coadjuvante no tratamento de resfriados, gripes e aftas, por exemplo. Além disso, graças aos compostos fitoquímicos (alicina e ajoeno), o alimento ajuda a baixar os níveis de açúcar no sangue e tem ação antioxidante importante no controle do câncer.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#2.AVEIA
De todos os cereais, a aveia é uma das mais ricas em fibras. Ela ajuda a diminuir o colesterol ruim, o LDL. A quantidade recomendada: 40 gramas por dia de farelo ou 60 gramas da farinha. A aveia previne doenças cardiovasculares por seus efeitos sobre o colesterol, a arteriosclerose, o envelhecimento dos tecidos, a hipertensão arterial e por seus efeitos como antiinflamatório. Para os dentes, combate as cáries. Melhora a concentração e o esgotamento mental. É útil em enxaquecas, insônia, hiperatividade e ansiedade. Indicada para controle de diabetes, como estabilizadora do nível de açúcar no sangue, porque estimula a atividade do pâncreas, e também como fonte de energia para assimilação lenta e de fibras.

10 alimentos que combatem o envelhecimento precoce

#1.MAÇÃ
Estudos científicos têm demonstrado que o consumo regular de maçãs ajuda a retardar o envelhecimento pele, protegendo-a dos raios solares. A fruta é rica em fibras e vitamina c, reduz risco de câncer e torna o sistema imunológico mais jovem, pois possui flavonóides e polifenóis. Uma pesquisa da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, garante que, para prevenir o câncer, uma maçã pequena e com casca tem o mesmo poder de arrasar os temidos radicais livres que 30 copos de suco de laranja (63 calorias em cem gramas). A maçã é excelente para prevenir e manter a taxa de colesterol em níveis aceitáveis. Esse efeito é devido ao alto teor de pectina, encontrada na casca. Também tem um efeito acentuado para emagrecimento, pois a pectina dificulta a absorção das gorduras, da glicose e elimina o colesterol. O alto teor de potássio contido na polpa da maçã faz eliminar o sódio excedente, eliminando o excesso de água retida no corpo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Para nunca perder a leveza

O hilário sempre existe...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dança Sênior

DANÇA SENIOR por Fisio&Forma. MATRÍCULAS ABERTAS

Em 1970, na Alemanha, um grupo de pedagogos, sob a liderança de Ilse Tutt, trocaram experiências sobre atividades com idosos em asilos. Criou-se assim, em 1974, a Dança Sênior, e em 1977 foi fundada a Federação Nacional de Dança Sênior na Alemanha. Foi introduzida no Brasil em 1978, culminando com a criação da Associação Dança Sênior em 1993, em Pirabeiraba/SC.

A Dança Sênior com idosos sentados consiste em exercícios ritmados destinados as pessoas que apresentam limitações temporárias ou permanentes. Com suas formas simples, sua música alegre, busca a auto-estima e a integração de seus participantes estimulando-os a sair do isolamento.

Os exercícios de ativação em grupo estimulam o organismo a se defender e prevenir contra males precoces e possibilitam a busca da flexibilidade das articulações, mobilidade e equilíbrio.

Professora:
Suzana Macedo

Carga Horária:
01h30m, 01 (uma) vez por semana

Preço:
R$ 100,00 mensalidade

Dança Sênior

DANÇA SENIOR por Fisio&Forma.MATRÍCULAS ABERTAS NO RESIDENCIAL SÊNIOR



A Dança Sênior surgiu em 1970, na Alemanha, quando um pequeno grupo de pedagogos, sob a liderança de Ilse Tutt, trocaram experiências sobre atividades com idosos em asilos. Criou-se assim, em 1974, a Dança Sênior, e em 1977 fundada a Federação Nacional de Dança Sênior na Alemanha. Foi introduzida no Brasil por Christel Weber em 1978 e promovida a partir de 1982 no Ancianato Bethesda, culminando com a criação da Associação Dança Sênior em 1993, em Pirabeiraba/SC.



A dança com idosos sentados consiste em exercícios ritmados destinados as pessoas que apresentam limitações temporárias ou permanentes. Com suas formas simples, sua música alegre, busca a auto-estima e a integração de seus participantes estimulando-os a sair do isolamento. Os exercícios de ativação em grupo estimulam o organismo a se defender e prevenir contra males precoces e possibilitam a busca da flexibilidade das articulações, mobilidade e equilíbrio.



Preço:

R$ 100,00



Carga horária:

01h30m, 01 vez por semana



Professora:

Suzana Macedo



Mais informações:

3371 8508/ 3371 8555

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Frase do dia

Sucesso é conseguir aquilo que você quer. Felicidade é gostar daquilo que você conseguiu.

H. Jackson Brown, EUA

Saúde Mental

por RUBENS ALVES
"Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto.E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensarpara me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski.E logo me assustei.Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental?Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, bastar fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.Pensar é uma coisa muito perigosa... Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa.Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse estresse ou depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores.O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente 'equipamento duro', e a outra denomina-se software, 'equipamento macio'.O hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades 'espirituais' - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes.Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória.Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo 'espirituais' , sendo que o programa mais importante é a linguagem.Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou.Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos, somente símbolos podem entrar dentro dele.Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos. Por isso, quem trata das perturbações do software humano nunca se vale de recursos físicos para tal. Suas ferramentas são palavras, e eles podem ser poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, amigos e até mesmo psicanalistas.Acontece, entretanto, que esse computador que é o corpo humano tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco? Ouvimos uma música e choramos.Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou.Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, saúde mental até o fim dos seus dias. Opte por um software modesto.Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música. Brahms e Mahler são especialmente contra-indicados.Já o rock pode ser tomado à vontade. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento.Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler algo melhor? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais.E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato. Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é.E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram. "

Planejamento para palestras

A equipe multidisciplinar do Residencial Sênior é fera e muito competente. Todos os profissionais já participaram de vários seminários e congressos, e têm expereiência em dar aulas, o mais importante. Coloco esse post especialmente para elas, umas dicas interesantes para tornar as aulas dos cursos que estão por vir cada vez melhores.

Deixe o começo para o final:
Aqui vai uma dica preciosa —nada de iniciar o planejamento da fala pela introdução. A maioria comete o erro de iniciar o plano da exposição elaborando em primeiro lugar o que pretende transmitir no começo.É fácil deduzir que você só poderá saber como deverá ser o início depois de estar consciente do assunto que irá abordar e dos objetivos que pretende atingir.Talvez pareça estranho para alguns, mas a introdução deverá ser planejada em último lugar, depois mesmo da conclusão, quando já souber qual o trajeto que a mensagem seguirá e quais as barreiras e os desafios que precisará superar durante a exposição.A introdução só poderá ser preparada de forma adequada quando você já souber quem serão os ouvintes, que informações possuem sobre a matéria e se irão ou não levantar resistências com relação a você ou ao tema da exposição.Por isso, ao planejar as etapas da apresentação leve em conta inicialmente o tema que irá abordar e deixe a introdução e a conclusão para o final.

Primeiro passo: identifique o assunto
Para que uma apresentação seja bem planejada, sua primeira atitude deve ser a de identificar qual o assunto que pretende desenvolver. Acredite, muitas pessoas falam em público sem ter noção clara sobre o assunto que irão expor. Depois que você identificar qual é o assunto, elabore a linha de argumentação que pretende utilizar —estatísticas, pesquisas, estudos técnicos e científicos, teses, exemplos, comparações, testemunhos.Dica especial: inicie a organização dos argumentos escolhendo para o início um que seja bom, e na seqüência vá pela ordem crescente, desde o mais frágil até chegar àquele que considere irrefutável.Para descobrir que tipo de resistência poderá encontrar, imagine como você reagiria se estivesse no lugar dos ouvintes. Na posição deles, como se sentiria diante da proposta que você irá apresentar. Tente deduzir que objeções eles poderiam levantar contra os argumentos e prepare-se para refutá-las de maneira conveniente.Saiba quais são os objetivosQuero alertá-lo para o fato de que você ainda está no assunto central, no primeiro passo do planejamento.Após identificar o assunto descubra que objetivo o motivou a se apresentar. Sugerir solução para um problema? Ou comunicar uma novidade? Descobriu? Agora você já está pronto para planejar o segundo passo da sua apresentação.

Segundo passo: facilite a compreensão dos ouvintes
O fato de você saber qual é o conteúdo da sua exposição não significa que os ouvintes também já saibam. De maneira geral, não só não sabem como precisam ser bem orientados, para que possam compreender o assunto que irão ouvir.Para facilitar a compreensão dos ouvintes, revele a eles qual o assunto que irá expor e esclareça qual o problema que precisa ser solucionado.Se você pretende discorrer sobre um assunto novo, sobre o qual eles não estejam devidamente inteirados, faça um retrospecto, um histórico mostrando como os fatos evoluíram no transcorrer do tempo até chegar ao momento presente.Note que essas informações só serão possíveis depois de você ter cumprido o primeiro passo do planejamento, isto é, ter identificado qual é o assunto e quais são os objetivos da apresentação.

Terceiro passo: finalmente a conclusão e a introdução
Neste momento você já está em condições de planejar como fará a conclusão, levando os ouvintes a refletir ou agir de acordo com a sua mensagem ou sua proposta.E depois de ter organizado todas as etapas da apresentação você finalmente poderá se decidir pela melhor introdução. Sabendo agora qual será a seqüência da exposição e as dificuldades que deverá suplantar, estará em condições de planejar o início da apresentação. Estará consciente de como deverá agir para afastar desde o princípio as resistências dos ouvintes e conquistar a atenção e a simpatia de todos.A partir desse planejamento simples você irá ordenar melhor o seu pensamento e possibilitará que o ouvinte acompanhe sem esforço toda a seqüência do discurso.Com tudo planejado, agora é só ir para frente do público e começar a falar pelo começo.

Reinaldo Polito

Curso para Cuidadores de Idosos

Em 2009, o Residencial sênior vai voltar a oferecer o Curso para Cuidadores, totalmente repaginado. A carga horária vai ser maior, e o conteúdo mais abrangente. O curso vai ter uma duração de dois dias, dividido em oito módulos, com aulas ministradas pela equipe multidisciplinar.

A participação dos funcionários do Residencial Sênior é obrigatória e gratuita.

Datas:
06 e 07 de fevereiro
13 e 14 de fevereiro

Preço:
R$ 100,00
(inclui material didático e coffee-break)

Mais informações:
tel 3371 -8508 ou 3371-8555

Anvisa suspende venda de Prexige e Arcoxia

SÃO PAULO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro no País de dois antiinflamatórios, o Prexige de 400 mg (Lumiracoxibe), do laboratório Norvatis, e o medicamento Arcoxia de 120 mg (Etocorixibe), da Merck Sharp e Dohme. A suspensão do registro faz parte de um processo de reavaliação dos antiinflamatórios não esteróides inibidores da ciclooxigenase (Cox-2). A Anvisa considera que os medicamentos não superam a relação risco-benefício no tratamento de doenças.O antiinflamatório Prexige era indicado para o tratamento de osteoriartrite, dor aguda e cólica menstrual, e o Arcoxia para o tratamento de reumatismo, gota, artrite, dor articular e pós-operatórios. A orientação da Anvisa para os pacientes que fazem uso desses medicamentos é que procurem o médico para fazer a substituição do remédio.A Anvisa determina ainda a reclassificação de toda a classe de inibidores de Cox-2. As bulas dos remédios Arcoxia de 60mg e 90mg passarão por adequações para que sejam incluídas advertências de segurança. O medicamento Celebra (Celecoxibe), da empresa Pfizer, também terá restrições nas bulas relativas ao tempo de tratamento e à utilização durante a gravidez e o período de amamentação. O Bextra (Parecoxibe), da Pfizer, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares.A partir de agora, esses antiinflamatórios só poderão ser vendidos com retenção da receita médica pelo estabelecimento farmacêutico. As determinações serão publicadas no Diário Oficial da União na segunda-feira.

Em 2007, a agência regulatória de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos - a FDA ( Food and Drug Administration) - emitiu uma carta de desaprovação do medicamento Arcoxia.Em nota, a Novartis comunicou que já tinha reembolsado o valor das unidades devolvidas, desde a decisão da Anvisa de suspender temporariamente o uso e comercialização do Prexige, no final de agosto. As eventuais unidades que ainda não tenham sido devolvidas serão recolhidas e reembolsadas. A empresa disponibiliza o telefone 0800 888 3003 para prestar todos os esclarecimentos sobre o assunto.A Merck Sharp & Dohme lamenta a decisão da Anvisa de interrupção da comercialização do Arcoxia de 120 mg. A empresa afirma que a medida não reflete estudos que comprovam o perfil favorável de risco-benefício do medicamento.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Qual é o segredo da longevidade?


José Medina, 112, parou de beber aos 106. De vez em quando, ainda toma "um puro" (aguardente), mas não mais de um por dia. Fuma, mas muito menos do que quando "era jovem" -ali pelos 70 anos. Aos 112, não conseguiu largar o chamico, cigarro feito com uma erva alucinógena.Medina vive em Vilcabamba, um povoado com cerca de 4.000 habitantes no interior do Equador ( 650 km ao sul da capital, Quito) que a paranóia pela vida saudável ainda não encontrou. As condições sanitárias do local são um desastre -na maioria das casas, não há esgoto nem água encanada. Seus habitantes fumam, bebem álcool, comem muito sal, tomam muito café, usam drogas. E são um dos povos com maior proporção de pessoas centenárias no mundo -cerca de dez vezes mais do que a média. Centenários e saudáveis. Por ali, é comum encontrar idosos de 110, 120 anos. Lêem sem óculos, conservam os dentes originais. A maioria ainda trabalha e tem vida sexual ativa. Os cabelos ficam brancos quando chega a idade, mas depois voltam à cor natural, sem explicação. E, ao contrário da maioria dos lugares do mundo, os homens vivem mais do que as mulheres."Alguma coisa estranha acontece em Vilcabamba", diz o médico e escritor argentino Ricardo Coler, um entre tantos profissionais que foram à cidade em busca de uma explicação. Sobre o mistério, ele escreveu "Eterna Juventud - Vivir 120 Años" (editora Planeta, sem previsão de lançamento no Brasil), em que relata histórias como a de José Medina.São várias as teorias que tentam explicar a longevidade saudável dos habitantes de Vilcabamba. Cientistas americanos afirmaram que era a composição da água que bebem. Franceses atribuíram o fato ao clima da região. Outros dizem que é o ar, a alimentação saudável à base de milho, batata, vegetais e pouca carne ou a vida tranqüila. Nenhuma explicação foi comprovada até hoje."Estudei a água de Vilcabamba, e sua composição se parece bastante com a água que se bebe em Buenos Aires", diz Coler, que também exclui a possibilidade de a longevidade ser genética. "Até os cachorros vivem mais, cerca de 25 anos. Ninguém descobriu a causa, senão já estaria rico."

O problema é que Vilcabamba carrega em si uma contradição. Apesar de viverem 120 anos e de não ficarem doentes, a conduta de seu povo está distante de ser regrada e a preocupação com a saúde passa longe de suas roças, puros e chamicos. O chamico é uma planta tóxica e alucinógena, também chamada de erva do diabo, que antigamente era usada por xamãs e indicada para acalmar dores fortes, como a do parto. "Seus primeiros efeitos podem ser comparados com os da maconha; depois de algumas tragadas, somam-se os da cocaína", explica Coler. "Traz alucinações, pensamentos fantásticos, perda de memória, excitação e fúria." Em Vilcabamba, virou hábito diário."Aos amantes da virtude é insuportável que os vilcabambenses vivam mais tempo e em melhores condições que os que não têm vícios. Parece injusto", afirma Coler. "Nada do que eles fazem é recomendável."Um médico que foi estudar aquele povoado saiu de lá sem grandes conclusões e a única mensagem que deixou para aqueles senhores foi: "Não comam sal". Os longevos, é claro, ignoraram o conselho.Como agir sem regras a seguir? É difícil, acredita Coler, numa época em que a medicina ocupa um lugar muito parecido com o que já teve a igreja. "Se você segue suas vontades, paga com a doença. Sempre estão o castigando com o que você faz. Quem pode discutir hoje um conselho médico? Se a medicina diz, é verdade."


O médico está menos preocupado em encontrar a razão para a longevidade dos cidadãos de Vilcabamba do que em buscar fundamentos para a sua idéia da velhice como uma doença, entre tantas outras."Dizer que é normal e que todo mundo envelhece, mesmo que não pareça, é uma forma de pensar. Uma posição filosófica". Parece que em Vilcabamba há uma espécie de antídoto que produz uma melhora."Ele cita estudos que determinam que há cerca de dez causas de ordem molecular que provocam envelhecimento e sobre as quais em algum momento será possível atuar."Então os 120 anos que até agora são um limite podem se converter em 150. Velhice e morte deixarão de ser palavras absolutas", acredita.Em Vilcabamba, conta Coler, as pessoas não sofrem durante anos com doenças. Um dia, sentem-se mal e morrem. "Gostaria que meu pai pudesse ter tido uma velhice como a de um deles. Seria bom se todos os problemas da idade não se estendessem, se juntassem por um período curto no final da vida", afirma Coler, que, enquanto conhecia os saudáveis idosos equatorianos, tinha que administrar as idas ao hospital e as enfermeiras dos pais, "apenas" octogenários, mas doentes e dependentes.Para ele, quando -e se- a fórmula da fonte da juventude do povoado equatoriano for descoberta, talvez ela até possa ser distribuída. Mas, enquanto a água ou o ar vilcabambenses não chegam pelo correio, é melhor prevenir."O que hoje funciona é a prevenção. Mas prevenir muito tem algo de perverter um pouco", escreve Coler. "Tomara que em Vilcabamba exista outra possibilidade, a de viver mais sem se mortificar tanto."

[...] APENAS COMER 30% MENOS DO QUE DEVERIA GARANTE VIDA MAIS LONGA, DIZ O MÉDICO E ESCRITOR RICARDO COLER; OS LONGEVOS SÃO SEMPRE GENTE MAGRINHA

ADRIANA KÜCHLERDE, de BUENOS AIRES

Frase do dia

"O século 19 foi o século dos antibióticos, o século 20, o das doenças cardiovasculares e do câncer, e o 21 é o da longevidade".

RICARDO COLER

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Festa de Natal

Dia 19 de dezembro vamos comemorar mais um Natal com nossos familiares, amigos e colegas no Residencial Sênior. Este ano temos muito a celebrar, casa está de cara nova, o atendimento está de primeira linha e a equipe mais afiada do que nunca. Foi um ano de grandes lições e desafios, e também de notáveis realizações... Esperamos que 2009 seja tão produtivo e alegre quanto 2008, e que possamos realizar nossos sonhos e transformar o Residencial Sênior em um centro de referência da terceira idade em Belo Horizonte.

Este ano apresentaremos uma atração muito especial: Nossa gerontóloga Suzana Macedo dará a aula inaugural da Dança Sênior, que entrará para a nossa grade de cursos em 2009.

Estamos programando uma festa bem animada. Contamos com a presença de todos... E um Feliz Natal!!!

Brasil é 7º em ranking de satisfação com a vida na América Latina

O Brasil ficou em 7º lugar em um ranking que mede a satisfação com a vida entre os moradores de 23 países da América Latina e Caribe feito pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

18 nov 2008 - Com pontuação de 6,2 (em uma escala de 1 a 10), o Brasil divide a 7ª posição com a Colômbia e a Jamaica. Os resultados estão em um estudo lançado como parte da série Desenvolvimento nas Américas, neste ano intitulada Além dos fatos: compreendendo a qualidade de vida. O país com o maior nível de satisfação com a vida na região foi a Costa Rica, com 7,4. O último do ranking foi o Haiti, com 3,8.

O Brasil ficou acima da média da região da América Latina e Caribe, de 5,8. De acordo com os dados globais do BID, a América do Norte é a região com maior satisfação, com 7,5. A África Subsaariana tem o pior nível de satisfação, de 4,2.
Os resultados foram calculados com base nos dados da Pesquisa Mundial 2007 do Instituto Gallup, em que foram entrevistadas mais de 40 mil pessoas com mais de 15 anos na América Latina e no Caribe, entre novembro de 2005 e dezembro de 2007. A margem de erro das pesquisas é de 3,1% a 5,1% e varia de acordo com cada país.
O estudo também utilizou informações complementares encomendadas diretamente pelo BID. Os entrevistados responderam a perguntas sobre sua avaliação de aspectos como qualidade da educação, atendimento de saúde, moradia e emprego.
Educação e emprego
Segundo o BID, o estudo revela que "as percepções das pessoas sobre educação e emprego na região podem diferir amplamente da realidade".
Quando analisado o nível de satisfação especificamente em relação ao emprego, o Brasil ocupa a 4ª posição, com percentual de 89,2% de pessoas satisfeitas, atrás apenas de Guatemala (93,6%), Costa Rica (92,9%) e Venezuela (90,6%).
De acordo com o BID, "81% dos cidadãos da América Latina e Caribe estão satisfeitos com seus empregos, apesar de um quarto da população da região não ganhar o suficiente para sair da pobreza e de a informalidade ter aumentado nos últimos anos".
Segundo o estudo, o que importa para a maioria das pessoas entrevistadas na região é o reconhecimento de seu trabalho e a flexibilidade no emprego, mais do que previdência social ou outros benefícios trabalhistas.
Em relação à educação, o Brasil aparece entre as últimas posições, com 64% de pessoas satisfeitas, mesmo percentual da Guatemala e do Equador, abaixo da média da região, de 70%. A Costa Rica ocupa a primeira posição, com 85% de satisfação. O Haiti é o último, com 43%.
Segundo o estudo, a maioria dos latino-americanos está satisfeita com a educação pública, apesar de os estudantes da região ficarem atrás das nações desenvolvidas e da Ásia em testes internacionais de avaliação.
O documento revela ainda que 83% das pessoas entrevistadas no Brasil estão satisfeitas com suas condições de moradia, mesmo percentual registrado na Colômbia e em El Salvador e semelhante à média da região, de 80%, mas bem abaixo do primeiro colocado, a Guatemala, com 90%
Na região, conforme o estudo, "quatro em cada cinco pessoas estão satisfeitas com suas casas e cidades". No entanto, diz o BID, "60%, o maior percentual entre todas as regiões do mundo, sentem-se inseguras ao caminhar sozinhas à noite".

Crescimento rápido pode reduzir satisfação com a vida, diz BID

Segundo o documento, há um paradoxo, e quanto mais rápido um país cresce, mais rapidamente crescem as expectativas de consumo e status econômico e social de seus habitantes.
Conforme o estudo, as mudanças aceleradas na economia, e não apenas o nível de renda ou de consumo, acabam afetando o nível de satisfação no curto prazo.
“No geral, os latino-americanos estão satisfeitos com sua vida, mas é interessante notar que as pessoas de alguns dos países mais pobres são as mais otimistas, enquanto cidadãos de alguns dos países mais desenvolvidos são os mais pessimistas”, diz o presidente do BID, Luis Alberto Moreno.
"Não é surpresa que as pessoas com renda mais alta sejam mais satisfeitas com a vida do que as de renda mais baixa, mas o crescimento econômico, na verdade, produz descontentamento em vez de uma felicidade maior, pelo menos no curto prazo", afirma.
O documento revela que a satisfação em países com altas taxas de crescimento nos últimos anos, como Trinidad e Tobago, Chile, Peru e Equador, é menor do que em países cujas economias apresentaram pouco crescimento, como Guiana, El Salvador, Paraguai e Guatemala.
De acordo com o BID, "países da região com alta renda per capita, como Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, apresentaram níveis moderados de satisfação com a vida, ficando atrás de países com renda per capita mais baixa, como Guatemala, Colômbia e Jamaica".
O BID afirma que, "individualmente, os cidadãos pobres de todos os países declararam níveis mais altos de satisfação com educação, moradia, emprego e saúde, o que é uma indicação de que eles podem ter aspirações mais baixas do que os ricos".
Governos
"Governos que centram suas políticas exclusivamente no crescimento tendem a perder apoio no longo prazo se não responderem às expectativas mais elevadas que acompanham o crescimento, em áreas que vão de educação e saúde à distribuição de renda", diz o economista-chefe do BID e coordenador do estudo, Eduardo Lora.
Segundo Lora, "a dificuldade está em responder a essas demandas sem sufocar o crescimento".
O BID afirma que apesar de alguns dos fatores que afetam a satisfação das pessoas oferecerem pouco espaço de ação de políticas públicas, como relações familiares, amizades e crenças religiosas, outros podem ser alvo de políticas governamentais.
“Este relatório pode ser um excelente recurso para os governos da região que agora enfrentam decisões difíceis de cortes de gastos, porque a crise financeira está reduzindo o crescimento econômico e prejudicando a arrecadação tributária”, diz Moreno.
O estudo é parte da série Desenvolvimento nas Américas, que neste ano é intitulada Além dos fatos: compreendendo a qualidade de vida e revela níveis "relativamente altos" de satisfação na América Latina e Caribe em comparação com outras regiões.
Os resultados foram calculados com base em dados da Pesquisa Mundial 2007 do Instituto Gallup, em que foram entrevistadas mais de 40 mil pessoas com mais de 15 anos na América Latina e no Caribe, entre novembro de 2005 e dezembro de 2007. A margem de erro dessa pesquisa é de 3,1% a 5,1% e varia de acordo com cada país.
O estudo também utilizou informações complementares encomendadas pelo BID. Os entrevistados responderam a perguntas sobre aspectos como qualidade da educação, atendimento de saúde, moradia e emprego.

Resposabilidades

Uma octogenária contou-me um fato de dias atrás. Cansada de ficar por mais de uma hora na fila para comprar ingressos, assumiu sua longevidade e aproximou-se da bilheteria, justificando-se: "Desculpem-me, mas, como idosa, tenho prioridade na compra". Imediatamente, em meio ao burburinho, uma voz anônima: "Essa terceira idade tinha mesmo é que ficar em casa!". Calmamente, conferiu seu troco, olhou para o grupo e, em voz convicta, concluiu: "Calma, meus queridos, com boa vontade vocês também chegarão aonde cheguei". Um silêncio respeitoso permitiu ouvir seus passos em direção ao teatro. Esse é um bom exemplo de situações cada vez mais freqüentes, nas quais, em vez de esperar pela condescendência dos mais jovens, o idoso reconhece seus direitos e os reivindica explicitamente.

Paradoxalmente, porém, muitos me responderam com surpresa sobre sua intenção de voto: "Depois dos 70 anos, não sou mais obrigado a votar!". A participação eleitoral é um dos bons exemplos desse novo paradigma: em Vitória da Conquista , uma candidata à vereadora com 99 anos comprovados (embora afirme já ter completado 104) disputou com outros candidatos bem mais jovens, entre os quais seu filho. Paralelamente, entre os 29 milhões de eleitores de São Paulo, mais de 6% têm 70 anos ou mais, o que resulta em quase dois milhões de votos. Se bem utilizados, poderiam escolher os candidatos efetivamente comprometidos com ações eficazes para quem quer envelhecer com qualidade de vida.

Outra situação exemplar é a doação de sangue. Essa questão me incomodou quando, anos atrás, fui veementemente questionado por uma cliente que fora impedida de fazê-lo por ter mais de 60 anos. Numa combinação de ira e indignação, perguntou como era possível que fosse tão saudável, como eu afirmava a cada consulta, e, ao mesmo tempo, não pudesse doar sangue para o filho.Voltamos à recepção do banco de sangue e descobrimos que o impedimento não tem bases científicas nem legais. Há apenas uma recomendação do Ministério da Saúde para que os doadores com 60 anos ou mais portem uma autorização médica. Redigi ali mesmo o documento que lhe garantiu o direito de participar efetivamente do tratamento do seu filho.

Essas situações mostram uma nova forma de atuação social de quem envelhece, decorrente de aspirações que precisam ser mais bem acolhidas pela comunidade, que deverá criar condições favoráveis para a sua implementação. Muitos idosos reclamaram das dificuldades para chegar à sua seção eleitoral.Vivemos, pois, um momento histórico na relação entre direitos adquiridos e as suas conseqüentes responsabilidades. Se realmente desejamos a progressiva inclusão do idoso na comunidade, não podemos aceitar critérios exclusivamente etários que limitem a capacidade de exercer plenamente a sua cidadania.

Por WILSON JACOB FILHO , professor da Faculdade de Medicina da USP, diretor do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas (SP) e autor de "Atividade Física e Envelhecimento Saudável" (ed. Atheneu).

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Relatório aponta superlotação e falta de lazer em asilos

Segundo documento da OAB e do CFP, o Brasil não possui infra-estrutura mínima de abrigamento para população idosa. O documento foi feito a partir de inspeções em 22 Instituições de Longa Permanência para Idosos localizadas em 12 Estados.

São 15h, e 20 idosos enfileirados em dois bancos de madeira aguardam a atividade do dia - ver um filme dublado na televisão, ao lado de um senhor que lê uma revista de três semanas atrás e de outros que dormem em cadeiras de rodas. A cena é comum em asilos superlotados do Brasil onde milhares de idosos ociosos "esperam pela morte", segundo o relatório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e CFP (Conselho Federal de Psicologia) obtido pela Folha."O Brasil não possui infra-estrutura mínima de abrigamento para sua população idosa", diz o documento, feito a partir de inspeções em 22 ILPIs (Instituições de Longa Permanência para Idosos), das quais 18 privadas, em 12 Estados. Dez foram tidas como superlotadas (quatro idosos por quarto), 11 não ofereciam lazer e 13 não tinham funcionários suficientes. Uma nem sequer tinha médico."Vimos depósitos de idosos abandonados, sem família ou contato com a comunidade", diz Ana Luiza Castro, coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP. Ela diz que a "maioria dos asilos não está nas mãos do Estado" -dado confirmado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). "A estimativa é de que a maioria seja privada", diz o órgão, que está fazendo o levantamento dos asilos existentes no país". São 2.879 cadastrados até agora."Denúncias" motivaram a escolha dos asilos. Na Estância Cantareira, em São Paulo, a conselheira do Conselho Regional de Psicologia, Beatriz Belluzo, viu idosos misturados com casos psiquiátricos e a ausência de lazer. "Havia mesas em frente aos quartos que viviam à espera da refeição."No Solar da Vivência, onde há somente idosos, "a situação é ainda mais precária", diz Belluzo. "Lá só dão comida e remédio e havia idosos dormindo em cadeiras de rodas. Não se investe em atividades de lazer. Todo o resto é perfumaria."Em Pernambuco, a cena se repete. "A ociosidade é o que há de mais grave", diz a conselheira Christina Veras. "Eles ficam sem fazer nada, como restos de pessoas depositadas nas camas, sem oficinas e espaços para ler, pintar ou qualquer coisa que os ocupasse." No Residencial da Melhor Idade, Veras viu a dona colocar cadeiras na calçada em frente ao asilo, onde os idosos ficavam à espera de uma visita. "Nos outros, nem isso."A dona da Estância Cantareira, Cleide Mazzuli, negou a superlotação e disse oferecer atividades de lazer, como "cinema com pipoca uma vez por semana e terapia ocupacional quase todo dia". No Residencial da Melhor Idade, a dona, Luciane do Monte, disse ter "um recreador terças e quintas, o máximo que se consegue pagar com a mensalidade de um salário mínimo". No Solar da Vivência, ninguém respondeu.O relatório termina afirmando que o Estatuto do Idoso tem sido desrespeitado e recomenda ao Ministério Público a "instauração de procedimentos administrativos". Aprovado em 2003, o Estatuto garante ao idoso o direito ao lazer, à liberdade, à dignidade, a acomodações para recebimento de visitas e até assistência religiosa.Em parte dos asilos, as queixas dos internos falam de falta de sexo (os quartos, coletivos, são divididos por gênero) e de falta de padres. No dia em que a Folha visitou o Estância Cantareira, um padre celebrava uma missa. "De tanto pedirem a gente trouxe um", diz a dona.
WILLIAN VIEIRA

Estatina não é para todos

Cardiologistas brasileiros reconhecem os benefícios do uso de estatinas para prevenir doenças cardíacas em pessoas com colesterol baixo, mas dizem que não deve ser feita uma prescrição indiscriminada desses medicamentos. Um estudo apresentado nos EUA sugeriu que esse remédio, até então usado só em pacientes com colesterol alto, reduz em 44% o risco de problemas cardiovasculares em pessoas com níveis normais ou baixos de colesterol -mas que têm índices elevados de uma proteína chamada C-reativa, ou PCR.Os resultados tiveram grande repercussão no congresso da American Heart Association, onde foram apresentados. A proteína PCR é um indicador de inflamação, que pode resultar em doenças cardíacas.O estudo, chamado Jupiter, foi feito por dois anos com quase 18 mil homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 60 de 26 países e teve patrocínio da farmacêutica AstraZeneca, fabricante do medicamento rosuvastatina cálcica (um tipo de estatina).Para o cardiologista brasileiro Francisco Fonseca, um dos autores da pesquisa, os resultados foram surpreendentes e "muito acima do que poderia ser previsto". Ele acredita que o trabalho vá influenciar as novas diretrizes americanas previstas para 2009, mas diz que sua transposição para a prática não será automática.Sobre efeitos indesejados, como um aumento ocorrido nos novos casos de diabetes, ele afirma que foram pouco significativos diante dos benefícios.Segundo ele, o remédio deve ser tomado indefinidamente. "Todos os estudos mostram que, quando se suspende o tratamento, perde-se o benefício."Já o cardiologista Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, diz que o tempo de uso depende do organismo. "Algumas pessoas, quando interrompem a medicação, voltam a ter problemas. Outras, não."O cardiologista Marcelo Sampaio, do Instituto Dante Pazzanese, é cauteloso ao analisar os dados. Para ele, é preciso individualizar os casos. "Seria uma maravilha se não existissem efeitos colaterais. As estatinas podem causar dores musculares e sobrecarga hepática. Isso precisa ser monitorado constantemente, e deve prevalecer o bom senso."Na opinião de Sampaio, as estatinas poderiam ser recomendadas para pessoas que tenham colesterol baixo, mas com antecedentes familiares ou outros fatores de risco associados.Outra questão a ser avaliada, segundo um editorial que acompanha a pesquisa, é o custo da expansão do uso do remédio. Uma caixa com 30 comprimidos de 20 mg de rosuvastatina cálcica (dose usada no estudo) custa cerca de R$ 150. O remédio não é distribuído pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e ainda não se sabe se outras estatinas teriam o mesmo efeito.Mudanças no BrasilSegundo Chagas, o estudo poderá mudar diretrizes sobre tratamentos, mas não a curto prazo. "Os médicos não podem sair medindo a PCR e medicando todo mundo. A principal implicação do estudo é entender que alguns pacientes podem ser tratados preventivamente", disse Chagas, que reforça a importância de manter medidas como a perda de peso e a prática de esportes.Para Sérgio Timerman, cardiologista do InCor (Instituto do Coração do HC de São Paulo), as estatinas trazem muitos benefícios se forem usadas com parcimônia. Ele diz que não é preciso exagerar -como um médico que citou no congresso que a droga é tão fantástica que deveria ser adicionada às caixas d'água-, mas que o remédio vem mudando a história natural da doença cardiovascular."Toda droga tem sua relação risco/benefício. Mas a prevenção primária [em quem não tem histórico de doença cardiovascular] é cada vez mais importante. Se há um remédio que protege, deve ser usado."Segundo Chagas, um estudo dessas proporções causa questionamentos e mudanças de conceitos. "Mas ainda depende de mais fatores científicos."
FERNANDA BASSETTE

Ginástica para o cérebro

Trocar de mão para escovar os dentes é bom para o cérebro. O simples gesto de trocar de mão para escovar os dentes, contrariando a rotina e obrigando à estimulação do cérebro, é uma nova técnica para melhorar a concentração, treinando a criatividade e inteligência e, assim, realizando um exercício de NEURÓBICA. Uma descoberta dentro da Neurociência vem revelar que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão de suas conexões. Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000), revelam que NEURÓBICA, a "aeróbica dos neurônios", é uma nova forma de exercício cerebral projetada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de atividades dos neurônios em seu cérebro. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por ROTINAS que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso; limitam o cérebro.

Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios "cerebrais" que fazem as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa. O desafio da NEURÓBICA é fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. Tente fazer um teste:

1) use o relógio de pulso no braço direito;
2) escove os dentes com a mão contrária da de costume;
3) ande pela casa de trás para frente;
4) vista-se de olhos fechados;
5) estimule o paladar, coma coisas diferentes;
6) veja fotos de cabeça para baixo;
7) veja as horas num espelho;
8) faça um novo caminho para ir ao trabalho.

A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma coisa diferente com seu outro lado DIREITO e estimule o seu cérebro. Vale a pena tentar!
Que tal começar a praticar agora, trocando o mouse de lado?
(autor desconhecido)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Aumento de idosos preocupa geriatras

O progressivo aumento do número de idosos norte-americanos e a possibilidade de esse número alcançar o dobro nos próximos anos está gerando importante preocupação nos meios médicos locais. Para o professor Carmel B. Dyer, da Divisão de Medicina Geriátrica e Paliativa da Escola Médica da Universidade do Texas, em Houston, o receio é de que o sistema de saúde do país não esteja preparado para atender tão elevado número de doentes geriátricos nos próximos anos, já que esses pacientes requerem habilidades especiais de atenção, não só da parte do médico mas também de todo pessoal da área da saúde. Esta foi uma das razões da criação de um centro de educação geriátrica interdisciplinar na Universidade do Texas, subvencionado pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos. O centro terá como finalidade formar geriatras que irão ensinar a prática de saúde a idosos aos médicos clínicos para que eles se tornem especializados no atendimento desse tipo de paciente em diferentes ambientes como os hospitais, clínicas, casas de repouso e, também, centros de reabilitação. Dyer acrescenta que o médico especializado no atendimento a idosos deve estar capacitado a ajudar os pacientes e suas famílias no acesso aos recursos da comunidade, assim como manter a independência e também ajudá-los a reconhecer e prevenir tratamentos inadequados. Além disso, pretende ajudar a evitar a exploração financeira desses doentes e seus familiares por pessoas de má-fé.
JULIO ABRAMCZYK

Doença circulatória é a que mais mata

Segundo dados do Ministério da Saúde, as principais causas de morte estão ligadas a má alimentação e sedentarismo. O câncer está em segundo lugar, seguido de homicídio e violência no trânsito; em 2005, 41,2% dos mortos tinham menos de 60 anos

LETÍCIA SANDER
Doenças do aparelho circulatório associadas à má alimentação, ao consumo excessivo de álcool, ao tabagismo e ao sedentarismo estão no topo do ranking das causas de morte no Brasil. O câncer aparece em segundo lugar, seguido de homicídio e violência no trânsito, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados ontem.O retrato das principais causas de mortalidade mostra que derrames e infartos são os principais vilões da saúde para homens e mulheres. Em 2005, 10% do total dos óbitos no país ocorreram por causa de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e 9,4% devido a infartos.As altas taxas de mortes por doenças crônicas e causas violentas vêm sendo registradas desde a década de 1970. Antes, o que mais matava no Brasil eram as doenças infecciosas e parasitárias, como diarréia, tuberculose e malária. Na década de 1930, as doenças cardiovasculares respondiam por 12% das mortes nas capitais, contra 46% das doenças infecciosas.Hoje, os problemas no aparelho circulatório são responsáveis por 32,2% do total de mortes.De acordo com Otaliba Libânio, diretor do Departamento de Análises de Situação da Saúde do ministério, esse índice está ligado a hábitos pouco saudáveis, como consumo excessivo de gorduras, açúcares e sal, além de uso abusivo de bebidas alcoólicas e cigarro.Os números, incluídos no levantamento Saúde Brasil 2007, com base nas mortes ocorridas em 2005 e 2006, também mostram que a taxa de mortes prematuras (antes da terceira idade) é alta: em 2005, 41,2% dos mortos não tinham 60 anos.Segundo Libânio, o maior crescimento percentual em relação à pesquisa anterior, divulgada em 2007, foi registrado nos casos de câncer e de mortes violentas. "Observamos um aumento no peso da violência no conjunto das mortes. No Brasil ela é a terceira causa, mas em três regiões, a Centro-Oeste, a Norte e a Nordeste é a segunda causa de morte", afirmou.Embora as mulheres sejam maioria na população, os homens morrem mais, de acordo com o levantamento -o risco de morte da população masculina é 40% superior.Doenças isquêmicas do coração são a principal causa de morte dos homens, seguidas por doenças cerebrovasculares e homicídios. De 1980 a 2005, a proporção de mortes por câncer nos homens aumentou 76%, por causas violentas, 41%, e por transtornos mentais, 225% - neste caso, o alcoolismo é o principal responsável.Entre as mulheres em idade fértil ( 10 a 49 anos), o câncer foi responsável pela maior quantidade de mortes em 2005, alcançando uma taxa de 23% (era 20,7% em 2000), superando as doenças circulatórias.No ranking das causas de morte para mulheres em geral, o câncer de mama ocupa a nona posição. "Há alguns anos, o câncer de colo de útero era a principal causa de morte. Isso indica que o ministério deve insistir em políticas de rastreamento", afirmou Libânio.PrevençãoPara Rui Ramos, cardiologista e diretor de promoção de saúde vascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, um dos fatores que ajudam a explicar por que as doenças circulatórias lideram as causas de mortes no Brasil é o fato de a população estar envelhecendo e se alimentando mal. Segundo ele, idade e colesterol são fatores de risco importantes."Para diminuir o risco de eventos circulatórios, como infartos e derrames, deve-se evitar o colesterol com uma dieta saudável, tratar a pressão alta, deixar de lado o cigarro e fazer atividade física", afirma.Segundo o médico, pessoas com doenças circulatórias acabam tendo complicações porque só procuram tratamento depois que algo grave acontece.

Post Inaugural

Internet ajuda a manter o cérebro saudável, diz estudo
Por Julie Steenhuysen
CHICAGO, 15 out 2008- Navegar na Internet ajuda a preservação da memória de pessoas a partir da meia-idade, disseram pesquisadores dos EUA na terça-feira.
Os cientistas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, registraram com ressonância magnética a atividade cerebral de pessoas que faziam buscas na Internet."Descobrimos que as pessoas que tinham experiência com a Internet usavam mais o cérebro durante a pesquisa", disse o gerontologista Gary Small, cujo trabalho foi publicado na revista American Journal of Geriatric Psychiatry."Isso sugere que simplesmente navegar na Internet pode treinar o cérebro -- que isso pode mantê-lo ativo e saudável", disse Small.Muitos estudos já haviam indicado que desafios mentais, como os quebra-cabeças, poderiam preservar as funções cerebrais, mas poucos haviam avaliado o alcance da Internet."É a primeira vez que alguém simulou uma tarefa de busca na Internet ao examinar o cérebro", contou o cientista.A equipe estudou 24 voluntários normais, de 55 a 76 anos. Metade tinha experiência em buscas na Web , ao contrário da outra metade. Os dois grupos tinham semelhante composição etária, educacional e de gênero.O monitoramento cerebral foi feito também quando as pessoas estavam lendo livros."Descobrimos que, na leitura, o córtex visual - -a parte do cérebro que controla a leitura e a linguagem -- era ativado. Na busca pela Internet, havia uma atividade muito maior, mas só no grupo familiarizado com a Internet."Esse grupo, segundo ele, parece capaz de entrar num nível muito mais profundo de atividade cerebral.A atrofia e a redução da atividade celular podem levar o cérebro do idoso a perder funções cognitivas, mas atividades que exijam atenção e raciocínio são bons antídotos. Small acha que aprender a fazer buscas nos sites pode ser uma dessas tarefas. "Provavelmente dá para ensinar truques novos de Internet a um velho cérebro", disse ele.