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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Morre aos 113 anos, o homem mais velho do mundo

Henry William Allingham (Londres, 06 de Junho de 1896 - Brighton, 18 de Julho de 2009) foi um supercentenário britânico que, ao falecer aos 113 anos e 42 dias, era considerado o homem mais velho do mundo e, também, o mais longevo dos últimos veterandos ainda vivos da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).

terça-feira, 21 de julho de 2009

Para previnir a Gripe Suína - Perguntas e Respostas

1 . Quanto tempo dura o vírus da gripe “suína” em uma superfície lisa?
R: Até 10 horas.

2. Qual é a utilidade do álcool para limpar as mãos?
R: Torna o vírus inativo e o mata.

3 . Qual é o meio mais eficaz de infecção deste vírus?
R: O ar não é a forma mais eficaz para a transmissão do vírus, o fator mais importante para a fixação do vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos), o vírus não voa e não atinge mais de um metro distância.
4. É fácil se contagiar em aviões?
R: Não, é um meio pouco propício para contágio.

5 . Como posso evitar o contágio?
R: No levar as mãos ao rosto, olhos, nariz e boca. Não ficar perto de pessoas doentes. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6 . Q: Qual é o período de incubação do vírus?
R: Em média 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase que imediatamente.

7 . Quando se deve começar a tomar medicação?
R: Dentro de 72 horas depois do diagnóstico é muito bom, a melhora é de 100%.

8 . De que forma o vírus entra no corpo?

R: Pelo contato, ao dar as mãos ou beijar na bochecha e pelo nariz, boca e olhos 9 . O vírus é letal?
R: Não, o que provoca a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é pneumonia

10 . Quais os riscos dos familiares de pessoas que morreram?
R: Podem ser portadores e formar uma cadeia de transmissão.

11. A água nas piscinas transmite o vírus?
R: Não, porque contém químicos e cloro.

12 .O que faz o vírus quando provoca a morte?
R: Uma cascata de reações, tais como insuficiência respiratória; a pneumonia grave é a que causa a morte.

13.Quando se inicia o contágio, antes ou até que os sintomas aparecem?

R: Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.

14 .Qual é a probabilidade de recaída com a mesma doença?
R: 0%, pois a recaída imuniza o vírus da gripe “suina”.

15 .Onde é que se encontra o vírus no ambiente?
R: Quando uma pessoa espirra ou tosse, o vírus pode permanecer nas superfícies lisas, como portas, dinheiro, papéis, documentos, desde que haja umidade. Desde que não se esterilize o ambiente é extremamente recomendável a higiene das mãos.

16 . Se eu for a um hospital particular vão me cobrar pelo remédio?
R: Não, existe um acordo de não cobrar porque o governo está entregando os remédios a todas as instituições de saúde públicas e privadas.

17 . O vírus ataca mais os asmáticos?
R: Sim, os pacientes são mais suscetíveis, mas tratando-se de um novo germe todos nós somos igualmente suscetíveis.

18 .Qual é a população estária que este vírus está atacando?
R: De 20 a 50 anos de idade.

19 . É útil cobrir a boca?
R: Há algumas máscaras de boca de mais qualidade que outras, mas se você for saudável é contraproducente, pois o vírus por seu tamanho atravessa a máscara como se ela não existisse e usando-a cria-se na área do nariz e boca um micro clima úmido propício ao desenvolvimento viral; mas se você já está infectado use-a para NÃO infectar outras pessoas; é relativamente eficiente.

20 . Posso fazer exercício ao ar livre?
R: Sim, o vírus não anda no ar e nem tem asas.

21 . Tomar Vitamina C serve para alguma coisa?
R: Não serve de nada para prevenir o contágio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

22 . Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
R: A salvo ninguém está, o que ajuda é a higiene dentro de casa, escritórios, utensílios e evitr ir em locais públicos.

23 . O vírus se move?
R: Não, o vírus não tem asas nem pernas, uma pessoa contaminada o faz entrar no interior do organismo.

24 . Os animais de estimação se contagiam com o vírus?
R: Com este vírus NÃO, provavelmente se contagiam com outro tipo de vírus.

25 . Se eu vou a um velório de alguém que morreu deste vírus posso infectar-me?
R: NÃO.

26. Qual é o risco de mulheres grávidas contrair este vírus?
R: As mulheres grávidas têm o mesmo risco, mas é em dobro, elas podem tomar antivirais em caso de contágio mas com rigorosa supervisão médica.

27 . O feto pode ter lesões se uma mulher grávida estiver contagiada por este vírus?
R: Não sabemos que estragos pode fazer no processo, pois é um vírus novo.

28 . Posso tomar ácido acetilsalicílico (aspirina)?
R: Não é recomendado, pode causar outras doenças, a menos que você já o utiliza por prescrição médica para problemas coronários, nesse caso, continue tomando-o.

29 . Ajuda alguma coisa tomar antivirais antes dos sintomas?
R: Não ajuda em nada.

30 . As pessoas com HIV, diabetes, aids, câncer, etc., podem ter maiores complicações do que uma pessoa saudável quando se contagia com o vírus?
R: Sim.

31 . Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
R: NÃO.

32 . O que mata o vírus?
R:O sol por mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, o álcool gel.

33 . O que fazem nos hospitais para evitar contágios em outros pacientes que não têm o vírus?
R: O Isolamento.

34 . O álcool gel é eficaz?
R: Sim, muito eficaz.

35 . Se eu sou vacinado contra a gripe da estação estou segura contra este vírus?
R: Não serve para nada, ainda não há vacina para este vírus.

36 . Este vírus está sob controle?
A: Não totalmente, mas as autoridades da saúde estão tomando medidas agressivas de contenção.

37 . O que significa passar do alerta 4 ao alerta 5?
R: A fase 4 faz as coisas diferentes na fase 5; isso significa que o vírus se propagou de pessoa a pessoa em mais de 2 países, e a fase 6 é que se propagou em mais de 3 países .

38 . Quem foi infectado por este vírus e se cura, fica imune?
R: Sim.

39. As crianças com tosse e gripe têm influenza?
R: É pouco provável, as crianças são pouco afetadas.

40 . Quais as medidas que as pessoas que trabalham devem tomar?
R: Lavar as mãos várias vezes ao dia.

41 .. Eu posso me contagiar ao ar livre?
R: Se há pessoas infectadas e que tossem ou espirram sim, pode acontecer, mas o ar é um meio de pouco contágio.

42 . Pode-se comer carne de porco cozida?
R: Sim, pode e não há nenhum risco de contágio.

43 . Qual é o fator determinante para saber se o vírus já está controlado?
R: Embora a epidemia esteja controlada agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode retornar e ainda não haverá vacina.

Por LABORATÓRIO NOVARTIS

sábado, 18 de julho de 2009

Doença Celíaca

É uma intolerância permanente ao glúten. O glúten é uma proteína que está presente nos seguintes alimentos: trigo, aveia, centeio, cevada e malte. A doença celíaca ocorre em pessoas com tendência genética à doença. Geralmente aparece na infância, nas crianças com idade entre 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive nas pessoas adultas.

Os sinais da doença podem variar de pessoa a pessoa, porém os mais comuns são:
.Diarréia crônica (que dura mais do que 30 dias)
.Prisão de ventre;
.Anemia;
.Falta de apetite;
.Vômitos;
.Emagrecimento;
.Atraso no crescimento;
.Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;
.Distensão abdominal (barriga inchada);
.Dor abdominal;
.Perda de peso ou pouco ganho de peso;
.Osteoporose.

Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. Os exames do anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomísio (AAE) são altamente precisos e confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico. A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia (Um instrumento flexível como uma sonda é inserido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas amostras de tecido).

O único tratamento é uma alimentação sem glúten por toda a vida. A pessoa que tem a doença celíaca nunca poderá consumir alimentos que contenham trigo, aveia, centeio, cevada e malte ou os seus derivados (farinha de trigo, pão, farinha de rosca, macarrão, bolachas, biscoitos, bolos e outros). A doença celíaca pode levar à morte se não for tratada.

Alimentos permitidos para quem tem a doença celíaca:
• Cereais: arroz, milho.
• Farinhas: mandioca, arroz, milho, fubá, féculas.
• Gorduras: óleos, margarinas.
• Frutas: todas, ao natural e sucos.
• Laticínios: leite, manteiga, queijos e derivados.
• Hortaliças e leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, feijão, soja, grão de bico, ervilha, lentilha, cará, inhame, batata, mandioca e outros).
• Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar.

Cuidados especiais:
Atenção ao rótulo de produtos industrializados em geral. A lei federal nº 10674 , de 2003, determina que todas as empresas que produzem alimentos precisam INFORMAR obrigatoriamente em seus rótulos se aquele produto “CONTÉM GLÚTEN” ou "NÃO CONTÉM GLÚTEN".

Atenção:
• Qualquer quantidade de glúten, por mínima que seja, é prejudicial para o celíaco;
• Leia com atenção todos os rótulos ou embalagens de produtos industrializados e, em caso de dúvida, consulte o fabricante;
• Não use óleos onde foram fritos empanados com farinha de trigo ou farinha de rosca (feita de pão torrado);
• Não engrosse pudins, cremes ou molhos com farinha de trigo;
* Tenha cuidado com temperos e amaciantes de carnes industrializados, pois muitos contém glúten;
• Não utilize as farinhas proibidas para polvilhar assadeiras ou formas.

Importante:
• Na escola, nunca separe a criança celíaca dos demais colegas na hora das refeições;
• O celíaco pode e deve fazer os mesmos exercícios que seus colegas;
• Existem celíacos que são diabéticos. Portanto, sua alimentação não deve conter glúten e nem açúcar;
• Existem celíacos que têm intolerância à lactose. Portanto, sua alimentação não deve conter glúten, nem leite de vaca e seus derivados.

Por Eveline Cunha Moura, Assessora em Nutrição da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança.

Mais informações:
http://www.acelbra.org.br/

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Afinal, o que é ser um profissional humanizado?

Humanizar o atendimento não é apenas chamar a paciente pelo nome, nem ter um sorriso nos lábios constantemente mas, além disso, também compreender seus medos, angústias, incertezas dando-lhe apoio e atenção permanente.

Humanizar também é, além do atendimento fraterno e humano, procurar aperfeiçoar os conhecimentos continuadamente e valorizar, no sentido antropológico e emocional, todos elementos implicados no evento assistencial. Na realidade, a Humanização do atendimento, seja em saúde ou não, deve valorizar o respeito afetivo ao outro, deve prestigiar a melhoria na vida de relação entre pessoas em geral.

1 . Aprimorar o conhecimento científico continuadamente é uma conseqüência do interesse e competência. Entretanto, o conhecimento continuamente adquirido deve ser o mais global possível, objetivando sempre atender as necessidades gerais dos pacientes, ao invés de se limitar exclusivamente à questão física ou específica da especialidade.

2 . Aliviar sempre que possível, controlar a dor e atender as queixas físicas e emocionais. A atenção emocional diz respeito à compreensão sensível das queixas do paciente, mesmo que estas não tenham base fisiopatológica ou anatômica. O que está em questão não são os limites dos livros de fisiopatologia, mas sim, a representação da realidade pelo paciente, suas vivências e seu estado existencial atual. O alívio global do paciente nem sempre se proporciona exclusivamente com analgésicos ou outras intervenções técnicas. Para o conforto global é imprescindível o bem estar afetivo, o qual pode envolver a companhia constante de familiares, a atuação de terapeutas, uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos e outros recursos psicoterápicos e ocupacionais necessários.

3. Oferecer informações sobre a doença, prognóstico e tratamento. Os profissionais da saúde não devem economizar palavras ou qualquer outra forma de comunicação. O silêncio do profissional é uma das mais importantes queixas dos pacientes e familiares em relação ao mau atendimento. Diante de um profissional calado e silencioso o paciente pode fantasiar para pior o seu estado de saúde, agravando assim seu estado emocional e, conseqüentemente, orgânico. As dúvidas e a carência de informações são as principais causas de não aderência ao tratamento e de procedimentos incorretos por parte dos pacientes, familiares e/ou cuidadores. A falta de diálogo com o profissional da saúde pode ser iatrogênico.

4. Respeitar o modo e a qualidade de vida do paciente. O tratamento médico deve, prioritariamente, ser uma atitude que visa melhorar a qualidade de vida do paciente, portanto, qualquer limitação ao seu estilo de vida imposta pelo tratamento deve ser evitada (desde que o estilo de vida em questão não seja o objeto do tratamento, como por exemplo, alcoolismo).
Alguns profissionais costumam ser insensíveis à esses valores, priorizando seus tratamentos em detrimento da qualidade de vida do paciente. Eles exigem que o paciente seja adequado ao tratamento e não ao contrário, o que seria desejável. Um exemplo disso, ocorre constantemente em Instituições de Saúde, cujas enfermeiras acordam os pacientes em sono profundo, às 23 horas, para tomarem o medicamento (sonífero) para dormir.

5. Respeitar a privacidade (e dignidade) do paciente. Tem sido tênue os limites entre tudo o que o paciente deve se submeter para melhorar e facilitar o trabalho do médico ou profissional de saúde e aquilo que o profissional quer que o paciente faça apenas para seu conforto e comodidade. Existem em determinados hospitais algumas roupas padronizadas para pacientes que aniquilam totalmente sua dignidade, deixando à mostra sua intimidade para pessoas que nem estão envolvidas na questão do diagnóstico e tratamento.

6. Compreender a importância de se oferecer ao paciente um suporte emocional adequado. É alta a porcentagem de pessoas que pioram o quadro e as queixas depois de conversarem com profissionais da saúde, quando a conversa é destituída da sensibilidade necessária ao bem estar emocional e afetivo do paciente. Essa frigidez emocional, comum em ambientes que deveriam confortar, pode resultar em agravamento dos sintomas, desenvolvimento de depressão e ansiedade que comprometem enormemente a recuperação.
Para o suporte emocional é importante favorecer algumas preferências do paciente que não comprometem em nada o andamento do tratamento, como por exemplo, em relação aos acompanhantes, às visitas e outros hábitos costumeiros. Isso tudo, ou seja, a introdução de recursos mais próximos do cotidiano das pessoas, tais como músicas, vídeos, filmes, apresentações, atividades artísticas, lazer, etc, suaviza a característica fria da atenção à saúde e melhora o estado emocional.

7. A instituição deve oferecer condições de trabalho adequadas ao profissional de saúde. O grau de ansiedade, frustração e descontentamento do profissional (em qualquer área) tende a repercutir em seu trabalho. Há instituições de atendimento à saúde já consideradas humanizadas, porém, algumas vezes essa humanização diz respeito exclusivamente à melhorias da estrutura física dos prédios. Evidentemente que a estrutura física dos imóveis é bastante relevante, mas a humanização da instituição vai além disso. Quando a instituição não oferece condições satisfatórias para seus profissionais, há um risco bastante aumentado do atendimento não se processar satisfatoriamente. Também todo o sistema está envolvido. O sistema deve atender a instituição em suas necessidades básicas administrativas, físicas e humanas.

Ballone GJ - Humanização do Atendimento em Saúde, in. PsiqWeb, Internet, disponível em <http://www.virtualpsy.org/temas/humaniza.html>, 2004

HUMANIZ...AÇÃO!

Com a industrialização, as máquinas vêm invadindo as instituições hospitalares como sinônimo de alta tecnologia e cuidados avançados. Mas no que se refere à saúde, não se pode substituir o trabalho humano pelo mecânico. A enfermagem é cuidadora em sua essência e foi a primeira a profissionalizar o cuidado. O cuidado é o processo de saúde, de adoecimento, de invalidez, de empobrecimento, pois ele busca promover, manter ou recuperar a dignidade e totalidade humana.

Para que haja um avanço nas discussões sobre o cuidado, é necessário que o trabalhador adote a postura de colocar-se no lugar do ser que é cuidado para sentir quais são suas reais necessidades, e que o contexto familiar e institucional sejam reorganizados, garantindo conforto, resolutividade e atendimento humanizado para os protagonistas do cuidado, seres que cuidam e seres que são cuidados. Há muito que se pensar, eis aqui mais um desafio a ser enfrentado pelos “profissionais da saúde”em busca de deixar para trás qualquer vestígio da presença dos “profissionais da doença”.

Humanização não se faz apenas afixando placas - "aqui praticamos humanização"; não basta apenas dizer devemos tratar os pacientes com respeito e nem discutir melhoria nas condições de trabalho. É essencial que cada um de nós faça a sua parte. A responsabilidade pela prática da humanização é de todos.

A humanização é daquelas condições que pertencem às coisas que se deve praticar continuamente. Neste ponto, ela se aproxima muito da justiça, que precisa ser exigida frente à injustiça. Humanização, sem ciência, é improdutiva e ciência, sem humanização, é cruel. Ações denominadas como humanizadas são as que aplicam conhecimento e capacitação por meio de atitudes que aprovaríamos para nós mesmos. Humanização no Cuidar, também como se cuidássemos de nós mesmos. O equilíbrio dos binômios humanização na assistência, humanização e ciência, deve ser objeto de um auto-questionamento diário.

Bengalas e andadores ajudam idosos, mas podem causar quedas feias

Segundo os pesquisadores do Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, nos Estados Unidos, mais de 40 mil lesões ocorrem anualmente por conta de bengalas, andadores e outros dispositivos que deveriam ajudar as pessoas no dia-a-dia. As lesões mais comuns são as fraturas e contusões. Os dados analisados vieram de uma amostra representativa de 66 serviços de emergência daquele país.

Embora as quedas associadas às bengalas e andadores sejam uma pequena fração do número de acidentes, esses tendem a serem mais graves. Das vítimas dessas quedas, 33% precisam ficar internadas. As mulheres têm uma chance quase duas vezes maior de sofrer esse tipo de acidente.

Quando avaliados em separado, os andadores estão mais ligados aos acidentes do que as bengalas. Os especialistas acreditam que as pessoas que precisam de andadores podem ser mais frágeis e com menor força física, aumentando o risco. As lesões mais frequentes atingem a parte baixa do tórax, seguidas das lesões na cabeça.

Essa pesquisa aponta para a necessidade de oferecer tratamento especializado aos pacientes que Irão precisar desses aparelhos. Fisioterapeutas deveriam poder se dedicar a ensinar aos pacientes o uso adequado de bengalas e andadores. Em uma sociedade que está envelhecendo como a nossa, esses dispositivos se tornarão cada vez mais comuns.

Os acidentes com os idosos têm repercussão nos custos gerais da saúde, e aqueles evitáveis podem poupar vidas e recursos.

Por Luis Fernando Correia, médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

Pesquisa vincula transtorno de estresse pós-traumático a demência

Veteranos de guerra com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) apresentam quase o dobro do risco de desenvolver demência na comparação com veteranos que não sofrem do distúrbio. A conclusão é de pesquisa apresentada nesta segunda-feira (13) em reunião da Associação sobre Alzheimer, em Viena (Áustria). Trata-se do primeiro estudo a determinar vínculo entre a síndrome e problemas mentais posteriores.

Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia em São Francisco, analisou dados de 53.155 veteranos diagnosticados com estresse pós-traumático. A média de idade dos pacientes monitorados era de 69 anos. Mais de 10% dos veteranos com TEPT desenvolveram demência, comparados a 6,6% que não tinham o distúrbio. Mesmo quando foram considerados outros fatores de risco, como danos cerebrais e depressão, os veteranos com estresse pós-traumático ainda apresentavam quase o dobro do risco para demência.

“A grande questão a ser respondida é por que isso ocorre”, explica Ronald Petersen, pesquisador da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota. Alguns trabalhos já haviam associado o TEPT à diminuição do volume do hipocampo, a parte do cérebro envolvida com memória e resposta a estresse. O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência, caracterizada por perda de memória e de outras habilidades cognitivas, como fala, identificação de objetos ou raciocínio abstrato.

Da Reuters

Mel pode ajudar a combater infecções hospitalares, diz estudo

Um estudo realizado na Austrália mostrou que uma variedade de mel típica da Oceania pode ser um eficiente agente no tratamento de infecções de pele e no combate a infecções hospitalares.

Cientistas da Universidade de Sydney descobriram que o mel neo-zelandês conhecido como Manuka contém uma substância altamente tóxica para bactérias, chamada metilglioxal. "A superbactéria conhecida como MRSA, que é resistente a vários tipos de antibiótico e pode provocar várias infecções graves em hospitais, é altamente sucetível ao mel", explicou à BBC Dee Carter, um dos autores do estudo.

Segundo o cientista, em tese, o metilglioxal também seria tóxico aos seres humanos. "Mas há outras substâncias no mel que evitam que ele seja tóxico para as células humanas, ao mesmo tempo em que promove a destruição das bactérias", disse.

Propriedades probióticas

Os pesquisadores esperam que, no futuro, produtos esterilizados à base de mel possam substituir pomadas antibacterianas e anti-sépticas no tratamento de cortes, queimaduras, picadas de inseto e outras doenças de pele. Porém, Carter reconhece que ainda são necessários novos estudos para provar a médicos que o mel Manuka pode ser um poderoso medicamento alternativo. "Precisamos da ciência por trás disso, e é o que estamos fazendo. Médicos não querem ouvir falar de algo que pode soar como coisa de curandeiro. Eles querem algo com validação científica", disse.

Outros pesquisadores australianos acreditam que os benefícios do mel vão além do tratamento de problemas de pele. Estudos realizados no país examinaram as propriedades probióticas do alimento, que possui uma parcela de carboidratos que são "quebrados" no intestino delgado, enquanto o resto passa sem ser digerido até o intestino grosso. "Com o processo, esses açúcares estimulam o desenvolvimento de bactérias saudáveis no intestino, o que por sua vez ajuda a prevenir o acúmulo de toxinas", explicou à BBC a especialista em alimentos Rosie Stern.
Segundo ela, isso ajuda a evitar males como o câncer intestinal, a síndrome do intestino irritável, a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

Alzheimer: Marcador ajuda no diagnóstico precoce

O marcador florbetaben, da Bayer, ajudou a detectar a doença em 80% dos casos em um estudo ainda em fase 2. O novo marcador permite visualizar as placas beta-amiloide, associadas ao mal, em tomografias. O objetivo é diagnosticar a doença em um estágio mais precoce, já que, atualmente, ela é descoberta quando sintomas como a perda de memória estão avançados.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Orientações gerais sobre como se proteger da nova gripe

O que você pode fazer para diminuir seu risco de contrair ou transmitir a nova gripe? O método mais eficiente de prevenção é lavar suas mãos com água e sabão freqüentemente. O uso de álcool gel ou sprays de álcool gel sanitizante pode ser uma alternativa.

Cubra com as mãos sua boca e seu nariz quando tossir ou espirrar. Evite colocar as mão nos olhos, nariz e boca. Se você estiver com sintomas típicos de gripe, como febre acompanhada de tosse, dor de garganta, coriza, dores no corpo ou ainda náuseas e vômitos, fique em casa. A recomendação dos especialistas é que você permaneça em casa pelo menos por 7 dias apos o início do sintomas e que esteja sem sintomas pelo menos por 24 horas após esse prazo.
A transmissão acontece em distancias em torno de dois metros. Mantenha essa distancia como referência para contatos com pessoas que possam estar infectadas.

As máscaras cirúrgicas, que parecem ter se tornado quase um item de vestuário nesses tempos de nova gripe, merecem uma avaliação especial. Não existem evidências científicas de que o uso dessas máscaras, especialmente as comuns, diminua a transmissão do vírus influenza A H1N1. Eventualmente, pacientes sabidamente portadores dessa nova infecção podem utilizá-las quando em deslocamentos necessários para evitar a propagação do vírus.

Existem indicações específicas para a utilização de máscaras especiais por pessoas que trabalham em serviços de saúde e que estarão lidando com pacientes portadores do vírus. O uso de dessas máscaras, conhecidas como N95, depende de treinamento para o ajuste ideal e não está indicado para trabalhadores que não sejam da área da saúde mesmo quando em contato freqüente com o público.

Trabalhadores que lidam com público em geral e que sejam considerados como de alto risco para infecções virais devem avaliar sua transferência temporária para serviços onde não tenham que lidar com o público de maneira intensiva. As pessoas que têm alto risco de contrair a infecção pelo H1N1 são as mesmas que todo ano devem se precaver contra a gripe sazonal: crianças com menos de 5 anos e adultos com mais de 65 anos de idade; portadores de doenças crônicas como cardiopatias e doenças pulmonares e aquelas pessoas com doenças que podem diminuir sua capacidade imunológica.

Uma última palavra com relação às vacinas contra gripe. A vacina contra a gripe sazonal que foi recentemente alvo de campanha do governo não traz proteção contra a nova cepa de H1N1. A formulação de uma vacina específica é a meta da comunidade científica mundial, e acredita-se que até o fim de 2009 possam estar disponíveis suas primeiras versões.

Por Luis Fernando Correia, médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.