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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Feliz Páscoa!!!

Tempo de meditar, de buscar,de agradecer, de plantar a paz.
Tempo de oração!!!
Tempo de abrir os braços, de abrir as mãos e de ser mais irmão.
Tempo de recomeçar!
Tempo de concessão, de compromisso, de salvação. Tempo de perdão.
Tempo de libertar, de libertação, de passagem, de passar…
Para onde?Para a luz, para o amor, para a vida que é eterna!

São os votos do Residencial Sênior.

Osteoporose

A osteoporose é uma diminuição progressiva da densidade dos ossos, a qual os enfraquece e os torna mais passíveis de sofrerem fraturas. Os ossos contêm minerais, como o cálcio e o fósforo, os quais os tornam duros e densos. Para manter a densidade dos ossos, o organismo necessita de um suprimento adequado de cálcio e de outros minerais e deve produzir as quantidades adequadas de vários hormônios, como o paratormônio (hormônio da paratireóide), o hormônio do crescimento, a calcitonina, o estrogênio (nas mulheres) e a testosterona (nos homens).

Além disso, é necessário um suprimento adequado de vitamina D, para que o cálcio oriundo dos alimentos seja absorvido e incorporado aos ossos. A densidade óssea aumenta gradativamente até atingir um máximo, em torno dos 30 anos de idade. Depois disso, a densidade óssea diminui lentamente. Se o organismo não for capaz de regular seu conteúdo mineral, os ossos tornam-se menos densos e mais frágeis, resultando na osteoporose.

A prevenção da osteoporose é fundamental, já que o tratamento não reestabelece a micro-arquitetura óssea. Inclui medicação, adequação da dieta e exercícios com carga corporal (que não incluem bicicleta ou hidroginástica) e a prática de 45 minutos de caminhada quatro vezes por semana é recomendável. Uma vez instalada a osteoporose, a reabilitação enfoca a manutenção da massa óssea remanescente por meio de exercícios físicos, prevenção de deformidades, como a hipercifose torácica pela correção postural e prevenção de quedas para evitar fraturas.

A osteoporose, normalmente, cursa sem dor, a menos que ocorra uma fratura patológica. Nesses casos, podem-se empregar meios físicos analgésicos (eletroestimulação e termoterapia) e ortetização. Algumas fraturas patológicas podem cursar sem dor, apresentando apenas deformidade, como acunhamento de corpos vertebrais por colapso ósseo.

MULHERES
  • Fatores de risco: Membros da família com osteoporose/ Quantidade insuficiente de cálcio na dieta/ Estilo de vida sedentário/ Raça branca ou amarela/ Compleição delgada/ Nunca ter engravidado/ Uso de determinadas drogas, como corticosteróides e quantidades excessivas de hormônio da tireóide/ Menopausa precoce/ Tabagismo/ Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
O consumo diário de dois copos de leite e de um suplemento de vitamina D ajuda a aumentar a densidade óssea em mulheres de meia-idade que não vinham recebendo previamente quantidades suficientes desses nutrientes. Entretanto, a maioria das mulheres necessita tomar comprimidos de cálcio. Existem muitas preparações disponíveis e algumas delas incluem uma suplementação de vitamina D. Recomenda-se tomar aproximadamente 1,5 g de cálcio diariamente. Exercícios com suporte de peso, como a marcha e a subida de escadas, aumentam a densidade óssea.

Reabilitação

O idoso fragilizado sempre pode se beneficiar da reabilitação, porém, ele tende a responder mais lentamente às intervenções reabilitacionais, pelas alterações fisiológicas naturais decorrentes do envelhecimento. Assim, o programa de reabilitação deve ser especialmente desenhado para respeitar essas características.

A Fisiatria ou Medicina Física e Reabilitação foi uma das primeiras especialidades médicas a se preocupar com a qualidade de vida, já que trata das constantes perdas funcionais do decorrer da vida. O fisiatra é o médico especializado em Medicina Física e Reabilitação e a Reabilitação é o processo de ajudar um indivíduo a alcançar o nível mais alto de função, independência e qualidade de vida possível. A Reabilitação não inverte nem desfaz o dano causado por doença ou trauma, mas sim ajuda a restaurar a funcionalidade e o bem-estar.

A reabilitação de pacientes idosos é imperativa para a qualidade de vida do paciente e para a sociedade e pode auxiliar basicamente nas seguintes frentes:
• prevenção de lesões: por exemplo, redução do risco de quedas no meio de treino de equilíbrio e adaptação ambiental do domicílio;
• minimizar seqüelas: por exemplo, impedir que a dor articular origine uma deformidade devido a posição viciosa antálgica;
• reverter seqüelas: por exemplo, reverter o descondicionamento físico após repouso prolongado por uma doença;
• adaptação às seqüelas: por exemplo, adaptação de talheres para favorecer a preensão por mãos com deformidades por artrite reumatóide.

A funcionalidade é medida pela capacidade de realizar atividades básicas de vida diária (banhar-se, vestir-se, usar toalete, transferir-se e alimentar-se). Outros componentes de bem-estar funcional são atividades sociais, que exigem um nível mais alto de habilidades mentais e julgamento do que de atividades físicas (preparação de refeições, compras, trabalho doméstico leve, gerência financeira, uso dos medicamento, transporte, telefone).

O paciente deve ser avaliado como um todo, com suas interdependências físicas, psíquicas e sociais. Um dos pilares da Fisiatria é o trabalho em equipe com diversos profissionais, para que haja uma sintonia entre a equipe e potencialização de resultados.

O objetivo da Reabilitação é inserir independência e qualidade na vida cuja duração foi prolongada pelos avanços da ciência e seu êxito depende de muitas variáveis, incluindo: a natureza e gravidade da doença ou lesão, tipo e grau de incapacidades remanescentes, saúde global do paciente e apoio da família.

A Medicina de Reabilitação é moldada para as necessidades específicas de cada pessoa, portanto, cada programa é diferente. Alguns componentes de programas de reabilitação incluem: tratar a doença básica e prevenir complicações, tratar a incapacidade e melhorar função, fornecer instrumentos de adaptação e modificar o ambiente, ensinar ao paciente, à família e aos cuidadores as adaptações a mudanças de estilo de vida.

É fundamental que o clínico tenha em mente que as comorbidades que incidem, freqüentemente, no idoso, como doença de Parkinson ou amputação por insuficiência vascular, comprometem os resultados do processo reabilitacional, isto é, particularmente válidos para as deficiências cognitivas decorrentes de doença de Alzheimer, seqüelas de alterações vasculares cerebrais e outras formas de demência.

Por Cristiane Isabela de Almeida , Marcelo Saad , Mario Sergio Rossi Vieira

Deficiências em idosos

No Brasil, 24,5 milhões de pessoas são portadores de deficiência (14% da população). Separando a população por faixas etárias, verifi ca-se que a parcela mais representativa entre o universo de pessoas portadoras de deficiência (29%) são os indivíduos com mais de 60 anos. Em relação à taxa de deficiência, observa-se um crescimento à medida que os indivíduos ficam idosos, o que confirma o forte impacto do processo do envelhecimento na incidência das deficiências.

A população de pessoas idosas, nas nações desenvolvidas, cresce com rapidez extraordinária. Embora a maioria goze boa saúde, muitos idosos sofrem de múltiplas doenças e incapacidade significativa. A idade avançada contribui para o advento de deficiências em geral. Mais da me-tade (56%) da população com mais de 67 anos informou possuir alguma deficiência, durante o Censo de 2000, do IBGE. Este mesmo instituto prevê um crescimento demográfico de 69% da população idosa até 2025.

Envelhecer é um processo complexo e multidimensional, que envolve fatores genéticos, comportamentais, ambientais e as comorbidades comuns a essa faixa etária. Assim, pode-se definir senescência como o conjunto de alterações fisiológicas presentes em todos os indivíduos e que são atribuídas unicamente à passagem do tempo. A senilidade, por sua vez, refere-se a um processo em que as alterações funcionais e estruturais, advindas do envelhecer, estão associadas a condições mórbidas crônicas, desencadeando um declínio funcional mais acentuado.

O envelhecimento reduz a capacidade de adaptação às sobrecargas funcionais. Esse declínio pode ser mais ou menos acentuado, dependendo da gama de fatores associados ao processo de envelhecimento. Embora a população geriátrica seja agrupada quase sempre de forma homogênea, variações funcionais nesses indivíduos são muito maiores do que as encontradas entre faixas etárias mais jovens. Do ponto de vista funcional, existem mais diferenças do que semelhanças entre os idosos, dado o grande número de variáveis envolvidas.

O envelhecimento leva, naturalmente, a perdas funcionais nos sistemas e órgãos, mas tais perdas não deveriam gerar maiores limitações nas atividades diárias e na independência do indivíduo. Limitações adicionais podem ocorrer em idosos fragilizados por lesões ou doenças e a incapacidade no idoso pode surgir a partir de distúrbios musculosqueléticos comuns (como os resultantes de sobrecarga mecânica), osteoartrite, doenças neurológicas (como doença de Parkinson ou acidente vascular cerebral), cirurgias, conseqüências de doenças clínicas (infarto, diabetes, etc.), entre outras.

Quedas e equilíbrio

Em pesquisa defendida recentemente na Faculdade de Medicina (FM) da USP, foram analisados 48 idosos com Alzheimer (25 na fase leve e 23 na moderada) e 40 idosos saudáveis. Além de um questionário, respondido pelo familiar, sobre quedas e atividades cotidianas, foram feitos testes de equilíbrio que simularam movimentos do dia-a-dia, como apoiar os pés no degrau, por exemplo. Em relação ao equilíbrio, os pacientes com Alzheimer na fase leve não apresentaram resultados muito diferentes dos saudáveis. Os que estavam num estágio mais avançado da doença tiveram uma maior perda de estabilidade. A capacidade de execução de tarefas diárias foi diminuindo com a progressão da doença.

O estudo comparou o número de quedas de idosos saudáveis com o de pacientes com Alzheimer: enquanto 45% dos primeiros sofreram pelo menos uma queda no ano anterior, nos com a doença o número foi de 50%. "Quedas em idosos são sempre um problema grave. Elas podem causar hematomas e fraturas, levando até a cirurgias e hospitalização. Além disso, a instabilidade e o medo de novas quedas pode aumentar a dependência, o que ainda é mais grave nos idosos com Alzheimer - já propensos a isso", explica a pesquisadora. Além disso, existe a possibilidade de evoluírem para uma depressão, por ficarem mais restritos. Os idosos com diagnóstico de Alzheimer na fase leve apresentaram mais quedas que os na fase moderada. "Isso acontece porque eles ainda se expõem mais. Os que estão num estágio mais avançado da doença já andam sempre acompanhados e normalmente não se lembram de terem caído quando estavam sozinhos". Também é importante evitar o uso excessivo de remédios para alterações do comportamento e agressividade, comuns nesta doença. Esses medicamentos podem facilitar as quedas, aumentando o desequilíbrio e provocando grande sonolência - o que deixa o idoso menos ativo, diminui sua força muscular e traz maior dependência.

Por Marina Almeida / Agência USP

Fisioterapia prolonga a independência de idosos com Alzheimer e retarda progressão da doença

Pacientes com Alzheimer deveriam fazer fisioterapia desde o início do diagnóstico. A recomendação é da fisioterapeuta Eliane Mayumi Kato. Embora na fase leve a doença atinja apenas a parte cognitiva e comportamental do doente, a fisioterapia pode colaborar com a diminuição do avanço da doença. "Os exercícios podem minimizar quedas, danos motores e prolongar a independência dos pacientes", diz Eliane.Em pesquisa defendida recentemente na Faculdade de Medicina (FM) da USP, Eliane mostrou que a fisioterapia é importante para diminuir a progressão da doença. "Por meio de exercícios, a prática pode manter o paciente na mesma fase pelo maior tempo possível", explica. O treino das atividades do dia-a-dia, como subir a escada ou escovar os dentes, ajuda a melhorar o equilíbrio, diminuindo a dependência dos idosos. O fortalecimento muscular também ajuda na prevenção de quedas. Os fisioterapeutas também são importantes para orientar os cuidadores a fazer as adaptações necessárias na casa do paciente, como a instalação de barras de apoio no box do banheiro, a retirada de tapetes e uso de iluminação adequada para facilitar sua locomoção e diminuir os riscos de quedas. "Os idosos já possuem, normalmente, alterações de equilíbrio, mas naqueles que têm a doença de Alzheimer elas são ainda maiores" diz a fisioterapeuta.

Na fase mais avançada da doença, quando o paciente passa a maior parte do tempo restrito ao leito, a fisioterapia é importante tanto para orientar os cuidadores sobre como transferir corretamente os doentes na cama quanto para minimizar as complicações da síndrome do imobilismo. Entre as possíveis conseqüências desse problema estão o encurtamento dos músculos e a perda da força muscular, o surgimento de úlceras por pressão (escaras), trombose, prisão de ventre e pneumonia, entre outros. "A parte física costuma ficar esquecida no tratamento dessa doença", lembra Eliane, que recomenda atenção a atividades como a fisioterapia ou a terapia ocupacional, à atividade física orientada e à nutrição adequada. Ela também ressalta a importância de um trabalho dirigido aos médicos, para que eles também orientem adequadamente os pacientes e seus cuidadores.

Por Marina Almeida / Agência USP

Dispositivos auxiliares para idosos com a marcha comprometida

Existem três categorias de dispositivos deambulatórios auxiliares: bengalas, muletas, e andadores. Tais dispositivos auxiliares da marcha são prescritos por uma série de fatores, como problemas de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular, carga esquelética excessiva. Uma das funções dos dispositivos auxiliares é a eliminação da carga de modo parcial ou completo, sobre um segmento corpóreo, e isto se da pela transmissão da força dos membros superiores até o piso, pela pressão dirigida para baixo e exercida sobre o dispositivo auxiliar.

ANDADORES: O fisioterapeuta tem que estar preparado para recomendar um de quatro rodas rolador, que possibilita uma marcha natural ininterrupta e confere ao usuário da terceira idade maior grau de mobilidade independente, porem sua desvantagem é dentro de casa pela dificuldade nas manobras pelo espaço limitado. O andador sem nenhuma roda precisa ser levantado antes de cada passo , em desacordo com o ritmo normal e criando um momento de instabilidade, durante o qual o paciente idoso fica sem qualquer apoio.

BENGALAS: Usadas, preferencialmente, em condições que acometem apenas um membro inferior. Indicada para alívio do peso corporal de até 20% sobre um dos membros inferiores. Empunhada no membro superior contra-lateral ao membro inferior afetado. Pode ser recomendada uma bengala simples ou a quadrúpede ( esta é segura com uma das mãos, possuindo uma base de quatro pés), e o cabo possui um formato ergonômico. As bengalas são úteis quando o paciente idoso requer um apoio mínimo, ou quando ele percorre apenas um trecho curto, ou quando há pouco espaço dentro de casa e não possibilidade do emprego de um aparelho de maior tamanho.

MULETAS: Estas podem ser indicadas para uso temporário, dificilmente são indicadas por tempo prolongado em pacientes idosos, e sua vantagem é que podem ser usadas em degraus e escadas.
  • Muletas canadenses (com braçadeiras proximais aos punhos): usadas em par (visando evitar uma assimetria postural). Usadas em afecções de ambos os membros inferiores ou quando se deseja aliviar o peso corporal em mais de 20% sobre um membro inferior (podendo chegar a aliviar 100% da carga sobre um membro inferior).
  • Muletas axilares (coxim de apoio no gradio costal): têm características semelhantes às canadenses, com a desvantagem de dificultar a locomoção em escadas e rampas e também a entrada e saída de automóveis. Porém, exigem menor habilidade do usuário. Assim, de modo geral, preferem-se as muletas axilares para condições agudas ou limitadas e usam-se as canadenses em condições crônicas ou permanentes.

OBS: CADEIRA DE RODAS: Os sistemas consistem basicamente do assento, encosto e acessórios individualizados. A prescrição e seleção desses equipamentos envolvem uma avaliação detalhada da postura do usuário, do seu estilo de vida e da condição funcional. Existe um grande número de produtos que permitem montar sistemas individualizados.

Aumentando a estabilidade postural e o equilibrio

A fraqueza dos membros inferiores é mais freqüente em pessoas da terceira idade que já sofreram quedas, em relação com aquelas que não referem quedas; um fator importante parece ser a fraqueza dos músculos responsáveis pela flexão dorsal ao nível do tornozelo. A fraqueza das pernas favorece as quedas, como acontece nas pessoas incapazes de fazer um traslado bem sucedido ou que não conseguem ficar em pé por muito tempo, sem segurar-se em alguma coisa, ao se vestir após usar o banheiro. Esta fraqueza muscular diminui a capacidade para resistir a queda, em seguida vem perturbação do equilíbrio.

Na clínica, há limitação de tempo disponível, deste modo é recomendado que o fisioterapeuta se dedique aos movimentos e as atividades nas quais o paciente deseja adquirir maior estabilidade, aplicando os princípios da especificidade e da sobrecarga que regem a fisiologia do esforço. A intensidade do regime de exercícios deve ser maior que o paciente puder tolerar, no que diz respeito ao número de repetições por sessão e de sessões por dia; em hospitais e instituições.

É necessário que possamos ajudar a pessoa idosa debilitada a melhorar sua capacidade para:

» Ficar em pé sem apoio ou apenas com um mínimo de apoio, progredindo daí para a capacidade de manter-se em pé enquanto abrir cintos e botões, de procurar objetos colocados em prateleiras cada vez mais altas ou pegar objetos do assento de uma cadeira ou do piso. ( O paciente pode tentar chegar a um nível mais alto, mantendo-se em pé com os olhos fechados ou em pé sobre uma espuma de espessura cada vez maior; ele pode inclusive tentar fazer as duas coisas.)

» Opôr-se às perturbações do equilíbrio, dando passos compensadores em resposta a um empurrão leve contra o esterno ou contra a face lateral da pelve.

» Andar firmemente ( sem ajuda de terceiros), na maior distância necessária dentro da própria residência ( insista inclusive na amplitude do passo). Comece o treinamento pela menor distância que o paciente se considera capaz de vencer.

» Virar-se no mesmo ponto, dando número cada vez menor de passos, quatro a seis no máximo.

EQUILÍBRIO
Podemos trabalhar o paciente com atividades de transferência de peso de um lado para o outro, marcha sobre uma esteira de equilíbrio, exercícios de agilidade e manobras com obstáculos. E por fim podemos também progredir com um trabalho de treino do paciente em padrões funcionais e atividades que usem movimentos repetitivos para aumentar a resistência à fadiga. Todos exercícios citados neste trabalho, podem ser adaptados, para o paciente idoso de acordo com suas capacidades e limitações.

RESTABELECENDO A CONFIANÇA
Os programas educacionais e de tratamento devem inspirar sentimentos de auto-eficácia no paciente da terceira idade e restabelecer sua confiança na própria capacidade para dar conta da situação. Mas também é preciso diminuir o receio de queda e o medo de não conseguir levantar-se; desta forma podemos aumentar a segurança durante a marcha e reduzir o risco de queda. Nestes casos a abordagem combinada, psicológica e fisioterapêutica, parece ser particularmente útil no lidar com esses problemas. É importante que o fisioterapeuta escolha uma tarefa que não ultrapasse a competência do cliente, e depois dela ter sido realizada com êxito, o cliente deve ser animado a reconhecer o próprio desempenho e a sua competência afetiva.

Fisioterapia e quedas

O declínio natural do sistema nervoso periférico leva a redução de reflexos baropressóricos e da resposta adrenérgica, o que leva a tendência à síncope mais freqüente. Além disso, a redução da acuidade visual, associada ao declínio do equilíbrio aumenta a chance de quedas por escorregões ou tropeços. As quedas na população geriátrica podem originar agravos substanciais à saúde e é a causa primária de mortes acidentais em pessoas com mais de 65 anos.

O ponto principal encontrado na literatura, é a prevenção de futuras quedas; o segundo é treinar os pacientes sobre como lidar com as quedas; o terceiro é recuperar a segurança e a auto estima do paciente idoso.

Os fisioterapeutas identificam os fatores tanto intrínsecos como extrínsecos que aumentam a possibilidade da ocorrência de uma queda em uma pessoa idosa, também como nas suas conseqüências desde que estes fatores identificados se que sejam acessíveis às medidas de fisioterapia. Uma medida importante é ajudar o indivíduo da terceira idade a recuperar sua autoconfiança no que diz respeito a suas capacidades posturais. É necessário evitar a imobilização desnecessária e suas conseqüências, para diminuir os efeitos de futuras quedas. Deste modo podemos realizar um impacto sobre a autoconfiança.

Para resumir os objetivos fisioterapêuticos nas pessoas da terceira idade que correm o risco de sofrer quedas são:
I. melhorar a capacidade do indivíduo para resistir às ameaças ao seu equilíbrio.
II. aumentar a segurança deste indivíduo em seu ambiente.
III. recuperar a confiança do paciente e das pessoas cuidadoras deste, no que fiz respeito a sua capacidade de se locomover da maneira mais segura e eficaz em seu ambiente.

Sindrome do Imobilismo no Idoso

A Síndrome do Imobilismo é comum em idosos, e consiste no estado em que o indivíduo vivencia limitações físicas do movimento, decorrente de um desequilíbrio entre repouso e atividade física, ou seja, alterações que ocorrem no indivíduo que se encontra acamado há um longo período de tempo. Os efeitos da imobilização são definidos como uma redução na capacidade funcional dos sistemas cardiorespiratório, vascular, endócrino, gastrointestinais, urinário, muscular, esquelético e neurológico. Sendo que estas complicações podem ser aumentadas dependendo dos fatores pré existentes de cada paciente .

O imobilismo, por si só, é uma causa de morbidade no idoso, sendo que completo imobilismo pode levar a perda de 5 a 6% de massa muscular e de força por dia. Essa Síndrome pode ser causada por diversos fatores, como psicológicos (depressão, demência, medo de quedas), sociais (isolamento social, restrição física, falta de estímulo) e físicos (osteoporose, fraqueza muscular, insuficiência venos), ou mesmo quando a pessoa idosa precisa ficar imobilizada, devido uma queda, resultando em uma fratura. O repouso beneficia a região lesada, mas seu prolongamento prejudica o resto do organismo.

É identificada em casos de déficit cognitivo de médio a grave, multiplas contraturas, e também, em critério menor, quando observa-se sinais de sofrimento cutâneo ou ulceras de pressão, disfagia leve a grave, dupla incontinência ou afasia.

Os cuidados com o idoso acamado consistem em:
1 - Estimulação da mobilidade;
2 - Evitar restrição ao leito;
3 - cuidado com o toque (firmeza mas sem machucá-lo);
4 - Diminuir a dor e o desconforto;
5 - Realizar trocas posturais constantes;
6 - Posicionar corretamente com o uso de coxins;
7 - Quando possível, peça ajuda a outra pessoa;
8 - Não alimente o idoso deitado e nem com extensão ou rotação do pescoço;
9 - Caso o idoso esteja esgasgando, sente-o, e evite alimentos mais líquidos. Prefira os pastosos;
10 - Evite a posição em flexão das articulações;
11 - Faça mobilizações articulares constantes;
12 - Trocas constantes de fraldas;
13 - Manter a pele sempre seca e hidratada;
14 - Deixar os lençóis sempre esticados e sem restos alimentares;
15 - Não fazer fricção durante as transferências;
16 - Evitar o cisalhamento;
17 - Hidrate-o sempre.